22/08/2023


Agronegócio

Agrária monitora ferrugem do soja pela Tevê

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Guarapuava – A Agrária está inovando a sua comunicação com o cooperado. A Cooperativa lançou, para a safra 2008/2009, uma novidade com objetivo de ajudar seus associados a prevenir os riscos da ferrugem da soja. Numa parceria com a Syngenta, foi criado o serviço “Radar”, um sistema apresentado pela TV Agrária (televisores que divulgam informações da Cooperativa)mostrando um mapa da situação da ferrugem na área de atuação da Agrária.
Atualizado todos os dias, o mapa apresenta, ao lado de municípios, rodovias e rios, das regiões centro-sul e centro-oeste do PR, 24 locais representados como pequenos círculos verdes, no caso de inexistência da doença, e vermelhos, quando já se detectou algum foco.
Os pontos são parcelas de soja implantadas em propriedades de cooperados especialmente para o monitoramento: as pequenas lavouras são conduzidas sem uso de produtos agroquímicos para se atestar se houve ou não a ocorrência da ferrugem.
Um agrônomo contratado pela Syngenta percorre diariamente os diversos locais, recolhendo amostras de folhas das plantas. Na Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA), um pesquisador analisa o material e verifica a eventual ocorrência da doença. Quando um caso é constatado, o ponto no mapa do Radar passa a ser exibido em cor vermelha.
O coordenador da Assistência Técnica da Agrária, Arival Cramer, explica que é difícil combater a ferrugem quando o problema já se alastrou na lavoura e que por isso o mais importante é prevenir. O Radar permite identificar a doença já em seu começo e possibilita que o cooperado e seu agrônomo possam tomar alguma providência. “Os agrônomos estão muito conscientes”, comentou Arival, apontando que atualmente tem crescido a busca por produtos para a prevenção da doença. “A consciência de 90% dos nossos cooperados, ou até mais, eu acho que já é para aplicações preventivas, eles já perceberam a economia em aplicação, em tempo, os vários ganhos da aplicação preventiva”, avaliou o coordenador da Assistência Técnica. O cuidado, alertou, se justifica: “Já vi, na época em trabalhava em outras regiões, lavouras que tiveram perdas de 70% e já ouvi relatos até de mais, por erro de aplicação, por descuido – é uma doença terrível, se você não monitorar”.
Arival lembrou, ainda, que, como parte do Radar, os agrônomos da Assistência Técnica recebem as informações do monitoramento todos os dias, podendo acompanhar a situação e decidir a adoção de medidas. “É importante observar que o sistema Radar não interfere, só ajuda na decisão do agrônomo”, detalhou o coordenador. Os assistentes dos agrônomos também foram treinados para poder atender o cooperado e entrar no sistema mesmo em algum momento em que o agrônomo esteja no campo.
O Radar continuará a apresentar o monitoramento da soja até às vésperas da colheita (na região de atuação da Cooperativa, o plantio da cultura ocorreu em novembro de 2008 e a colheita acontecerá entre abril e maio deste ano).
“A Agrária está em busca de mais parcerias, sempre visando o aumento da rentabilidade dos cooperados e a inovação, mas sem o aumento de custos”, antecipou o coordenador. “A gente quer aliar rentabilidade com inovação”, resumiu.

Fonte: site da Agrária

Cristina Esteche

Jornalista

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