Porta de entrada da cidade, a estação rodoviária está necessitando de uma reforma geral com urgência. Falta infra-estrutura básica para viajantes e para quem trabalha no local. Entre as principais reclamações está o telhado danificado, a falta de um posto de informações, um caixa eletrônico, farmácia e um posto policial para aumentar a segurança.
Precisa arrumar telhado, pois quando chove molha tudo por dentro, é um local muito frio, precisaria melhorar isso e implantar uma série de outras coisas. Na verdade precisa de uma reforma geral, pois a rodoviária ficou muito tempo sem manutenção, aponta André Virmond Rocha, encarregado da agência da Princesa dos Campos e que trabalha na rodoviária há 13 anos.
Ele também observa a necessidade de implantar um posto de informações, um caixa eletrônico, relógios e um sistema de som para orientar os passageiros. Sempre que um ônibus vai sair vou até o restaurante para ver se há algum passageiro, pois não temos outra forma de informar.
Na estação rodoviária de Londrina, por exemplo, já ao desembarcar os passageiros podem colocar suas malas e bagagens num carrinho e circular pelo ambiente com mais comodidade. Se a preferência for pelo transporte coletivo, o acesso é numa plataforma exclusiva dentro da própria rodoviária.
Já em Guarapuava, além de não ter carrinhos para o transporte dos pertences e para o acesso aos táxis é preciso atravessar internamente o local -, outro agravante é que os ônibus urbanos não chegam às plataformas. Há algum tempo foi feita uma lei municipal, a pedido do vereador Elcio Melhem, impedindo o acesso. Mas o problema é que quem utiliza ônibus coletivo em dia de chuva, acaba se molhando para chegar ao ponto, comenta Rocha.
Sofia dos Santos, responsável pela venda dos artesanatos dos clubes de mães da cidade, confirma que a rodoviária necessita de melhorias. Está péssima, nem sequer há uma farmácia aqui e os viajantes, durante as paradas, sempre pedem por remédios. Outro ponto que sugiro é um policiamento constante, pois há fiscal, mas como o espaço é muito grande, sempre há gente danificando o patrimônio e coagindo as pessoas, ressalta. Segundo ela, os vereadores deveriam fiscalizar mais o local e levar até a administração as melhorias necessárias.
A assessoria de comunicação da prefeitura foi procurada com insistência para comentar o assunto, porém disse que não conseguiu entrar em contato com a Secretária de Administração, Ana Paula Silva Polli. No ano passado, os banheiros passaram por uma reforma e os canteiros externos e internos foram ajardinados.
Muito espaço, pouco uso
O projeto arquitetônico do local não é adequado às características de Guara-puava, uma cidade fria e ventosa. A parte superior, construída inicialmente para abrigar um restaurante panorâmico, nunca foi utilizada. Alaga sempre que chove e serve para a moradia de inúmeras pombas.
Mas não é apenas o segundo andar que está ocioso. Várias salas permanecem fechadas, sem qualquer uso. Apenas recentemente o espaço que antes era utilizado pela clínica odontológica municipal, agora sedia a Secretaria Municipal de Agricultura. Atualmente, há uma lanchonete, uma loja de artigos variados, um guarda-volumes, um espaço para a comercialização de artesanatos dos clubes de mães e os boxes das empresas. Seria muito bom que tivesse outro restaurante, pois a concorrência sempre é produtiva para os consumidores, afirma o Cícero Ribeiro, que vinha de Umuarama.