Exercícios ao ar livre atraem adeptos

Na estação mais quente do ano é tradição correr atrás do prejuízo para dar uma “melhorada” no visual. E quem quer perder alguns quilinhos, mas detesta academia, praticar exercícios ao ar livre pode ser uma boa alternativa.
“Quem treina fora da academia tem a sensação de que o tempo passa mais rápido”, avalia o médico André Pedrinelli. De acordo com ele, a primeira regra do exercício é a pessoa sentir prazer. “Correr com alguém ou até mesmo em turma pode ser mais divertido. Você divide a atenção”, diz.
Em Guarapuava, um dos lugares mais freqüentados neste período é o Parque do Lago. O espaço propicia que a pessoa pratique exercícios físicos e curta a beleza do parque.
E desde setembro do ano passado, os freqüentadores têm mais uma motivação: uma academia pública. São nove aparelhos de ginástica acessíveis à população, principalmente aos cidadãos da terceira idade, para fortalecimento de membros, quadris, articulações de ombros, cotovelos, musculatura das costas e coxas, além de estimular o sistema nervoso central e aumentar a capacidade cardiorrespiratória.
Estas academias já existem em algumas cidades paranaenses. Trata-se de aparelhos adaptados às necessidades do público que chegou à melhor idade de sua vida.
Todas terças e quintas-feiras, às 7h30, Sonia Maria Zampier segue para o Parque do Lago para acompanhar os praticantes. O grupo de 20 pessoas, em média, inicia a série de exercícios com alongamento. “Oriento para não correrem o risco de uma distensão muscular”, observa a assistente social.
Todas as idades
Apesar da academia pública de ter sido feita preferencialmente para os idosos, os aparelhos também podem ser usados pelos mais jovens.
Quem aprovou e é frequentadora assídua, de segunda a segunda, é a assistente administrativa Maria Lucia Lopes, 40. Ela faz sua caminhada e segue para os aparelhos. “Estou aqui todo dia das 16h30 às 17h30”, conta.
A administradora observa que poderia ter os aparelhos de ginástica também em outros pontas da cidade, como no Parque das Crianças, na Lagoa, na Praça da Ucrânia e Praça da Fé. “Ajudaria também a diminuir o fluxo de pessoas aqui e todos aproveitariam mais os benefícios dos exercícios físicos ao ar livre”, analisa. Os horários de pico são no início da manhã e depois das 17h30.
Outra observação de Maria Lucia é que os aparelhos também atraem a atenção dos pequenos. “As crianças ficam encantadas e querem brincar, muitas vezes tomando o lugar dos adultos. Acho que tinha que ter alguém para orientá-las”, diz.
A dona de casa Marcia Marques, 45, quatro vezes por semana tem aliado diversão com os netos e saúde. Pela manhã segue para o Parque do Lago quando faz sua caminhada, e no final da tarde retorna para curtir o parque com os netos e aproveita para fazer exercícios. “Eu gosto de todos os aparelhos, mas os que trabalham as pernas são melhores para mim, já que tenho muita dor nos ossos”. Marcia conta que depois de uma série de ginásticas nos aparelhos sente alívio na dor. “Tenho observado uma melhora gradativa”, comemora
Foto: Sonia Maria Zampier: “Acho que tinha que ter alguém para orientar as crianças”