Um projeto de lei apresentado pelo vereador Gilson da Ambulância e avalizado por outros seis, traz à tona uma reivindicação antiga. Vereadores querem a inclusão do 13° salário. Tramitando na Câmara desde o fim de outubro deste ano, numa nova tentativa, o tema no entanto, ‘dá o tapa e esconde a mão’. Isso porque abordar esse assunto com qualquer um dos vereadores é uma pauta proibida.
Afinal, todos querem, mas por saberem que se trata de uma pauta impopular, é difícil alguém assumir a defesa do projeto. Conversando com um dos vereadores que assinou o projeto de emenda à Lei Orgânica do Município (LOM), ele disse que falaria ‘in off’. Ou seja, não assume publicamente o que vai dizer sobre o tema. Mas o fato, segundo o anônimo, é que no fim de cada ano muitas são as ‘as mordidas de igrejas, Cmeis, associações e outras entidades. Se a gente não dá, perde voto. Então, o 13º salário vem pra ser entregue para o próprio povo”.
Ainda, conforme disse esse vereador à esta jornalista, o fato de constar os nomes no projeto não significa que eles [vereadores signatários] sejam favoráveis à proposta prevista. “Hoje a assinatura é eletrônica. Então um assessor pode muito bem ir lá e assinar em nome do vereador”. E continua. “Somos favoráveis que o tema entre em discussão, precisa ser debatido, assim como todos os projetos que entram no legislativo”.
E apesar de todas essas tentativas de justificar a polêmica, ele assegura que se entrar em votação, os 21 vereadores terão os bolsos cheios no fim do ano. Isso porque, no mínimo, 14 vereadores defendem o 13º em benefício próprio. Eu bem que tentei falar com os seis envolvidos no projeto, mas sem êxito. Apenas um atendeu a ligação. Mas é bom lembrar que uma vez aprovado, mesmo os contrários vão ser beneficiados. A não ser que doem o valor para alguma das instituições que precisam. Hum! Estão abertas as apostas.
EM TEMPO
Assinam o projeto: Gilson da Ambulância (Solidariedade), Cezinha Maluza (Podemos), Wilson Anciuti (União Brasil), Vardinho (Cidadania), Marcelinho (União Brasil), Joel Barbosa (Solidariedade), Paulo Lima (Podemos).
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