Após 430 dias entre a cadeia pública e a Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), o empresário Kelvyn Baltokoski deixou a prisão. A liberdade provisória concedida pela 1ª Vara Criminal de Guarapuava começou a valer no sábado (11). De acordo com a advogada Nicéia Martim, responsável pela defesa do empresário, ele permanece em prisão domiciliar. Conforme Nicéia, Kelvyn responde a 40 ações criminais. “Estamos na fase de conclusão do primeiro processo, aguardando a sentença”.
Kelvyn, o pai dele Valdecir Salvio Baltokoski e David Michel Gonçalves foram presos no dia 14 de dezembro de 2021. No entanto, ambos estão em liberdade. A operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apreendeu carros de luxo, cerca de R$ 500 mil em espécie, além de artigos de luxo, como joias e relógios.
De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP/PR), os alvos da operação controlavam dois grupos empresariais de Guarapuava, em esquema similar à pirâmide financeira. As investigações apontaram indícios de que eles captaram mais de R$ 30 milhões de investidores com promessas de rendimentos financeiros elevados. O empresário era dono da ‘holding’ BTK.
A tese da defesa, nesse processo, pega o viés da incompetência do Juízo Estadual. Isso porque, conforme a advogada, antes da deflagração da ‘Operação Damna’ já existia um processo na Justiça Federal sobre o caso. Essa, no entanto, é apenas uma das alegações preparadas pela defesa.
Embora Kelvyn tenha a liberdade provisória nesse primeiro processo, há otimismo de que ele permaneça em casa até o fim dos processos. Mesmo porque são várias as interposições de recursos judiciais. Para se ter uma ideia, há audiência agendada para 24 de setembro de 2024.
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