A Polícia Civil do Paraná (PCPR) e a Polícia Civil do Ceará (PCCE) fizeram uma operação, na manhã desta quarta (22), contra falsos advogados. A polícia cumpriu 83 ordens judiciais contra uma organização criminosa que se passava por escritório de advocacia, e aplicava golpes em várias cidades do Brasil.
Conforme a Ordem de Advogados do Brasil (OAB) do Paraná, os criminosos entravam em contato com pessoas que receberiam valores em precatórios. Em seguida, eles faziam cobranças indevidas usando documentos falsos e prometendo liberar o pagamento.
De acordo com as informações, somente em Curitiba, pelos menos 50 pessoas registraram boletim de ocorrência sobre o crime. Entre os cumprimentos judiciais, 20 mandados são de prisão e 63 de busca e apreensão. A ação contou com mais de 200 policiais civis, no Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Ceará.
É importante lembrar que em menos de um mês, a Procuradoria-Geral de Guarapuava recebeu denúncias sobre um novo golpe contra pessoas com processos que tramitam contra o município. Os golpistas entraram em contato com os autores das ações e comunicaram sobre uma suposta liberação de valores por meio de alvará. Em sete meses, a OAB Paraná recebeu 237 denúncias.
INVESTIGAÇÃO
As investigações informaram que os golpistas da organização se passavam por representantes de escritórios de advocacia e criavam registros no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) falsos. Depois disso, entravam em contato com as vítimas e davam informações reais sobre os processos que faziam parte.
Conforme o delegado da PCPR, Emmanoel David, “a associação criminosa era extremamente organizada, afrontava funções essenciais à justiça se fazendo passar por escritórios de advocacia. Afrontava também o poder judiciário falsificando documentos judiciais como acórdãos, sentenças”.
Além disso, os suspeitos usavam vários números de telefone para aplicar golpes, por meio de aplicativos de mensagem. Durante as conversas, os criminosos pediam dinheiro para as vítimas pagarem documentos, prometendo devolver o valor total em processos jurídicos.
Já nos endereços onde seriam os supostos escritórios de advocacia, funcionavam estabelecimentos como pastelaria e lojas. A presidente da OAB Paraná, Marilena Winter explica que o órgão também deu apoio às investigações da Polícia Civil.
A OAB Paraná tem dado suporte às investigações graças ao monitoramento constante dos casos que nos são reportados. Reforçamos tanto para a classe quanto para a comunidade a importância de denunciar esse tipo de situação para que as autoridades policiais possam atuar e erradicar o problema.
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