Em breve, o Parque Natural Municipal das Araucárias receberá novas espécies florestais nativas. Serão aproximadamente sete mil novas mudas plantadas em 6,3 hectares do parque. De acordo com a Prefeitura de Guarapuava, escolha das novas plantas considerou o clima, o tipo de solo e o tipo da vegetação do espaço. As mudas são de rápido desenvolvimento, o que é necessário para o local que tem o objetivo da sucessão ecológica das espécies.
Sendo assim, serão plantadas mudas pioneiras, secundárias iniciais e tardias e climácicas. Além disso, a escolha engloba o plantio de, no mínimo, 5% de espécies nativas enquadradas em alguma categoria de ameaça de extinção. Conforme o secretário de Meio Ambiente, Germano Toledo Alves, o parque busca a preservação do meio ambiente.
Quando há plantas invasoras você perde em biodiversidade. Colocando plantas nativas, novamente vai crescer uma floresta rica em biodiversidade. Estamos trabalhando para que a biodiversidade do local retorne e, além de tudo, o Parque das Araucárias é uma área de proteção integral. Por isso, não podemos deixar essas espécies exóticas dentro do Parque, ainda mais as espécies agressivas. O mais importante é essa retirada para que nós possamos restabelecer a natureza em nosso Parque.
O plantio ocorre devido a obras de melhorias da rede de esgoto realizadas pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) próximas ao parque. O Conselho Municipal de Meio Ambiente precisa aprovar as obras e por isso, exigiu uma compensação ambiental nessa unidade de conservação, por causa do impacto ambiental. A compensação ainda inclui equipamentos para monitoramento de fauna, e contempla seis câmeras armadilha, dois binóculos e um gravador.
INVASÃO DE BAMBUS
De acordo com com o engenheiro Florestal da secretaria, Saulo Vinicius Küster da Silva, a área compensada teve a invasão de uma espécie exótica (bambu). Ela forma um maciço homogêneo que impede o crescimento de qualquer outro tipo de vegetação nativa. Os bambus, que possuem um crescimento agressivo, ocupam uma área de aproximadamente 10 mil metros quadrados e estão se expandindo gradativamente na área do parque.
Ele explicou que a remoção do bambu já começou, e a substituição por espécies nativas será de importante para a área afetada. “Essa substituição trará novamente a biodiversidade àquela área, não só de espécies vegetais, mas também da fauna nativa da Região”.
A Sanepar contratou uma empresa que vai fazer a remoção dos bambus, o plantio das mudas e a manutenção da área por 36 meses. Essas atividades serão licenciadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Uma equipe da secretaria, incluindo o próprio Departamento de Licenciamento e Fiscalização Ambiental, acompanhará todas as fases de execução desse projeto.
Leia outras notícias no Portal RSN.