Colégios estaduais de Guarapuava estão sem aula nesta terça-feira (30) em adesão ao Dia Nacional de Luta e Luto, movimento que levou a Curitiba 72 professores. A comitiva está composta por profissionais de Guarapuava, Candói e Goioxim, liderados pelo núcleo da APP-Sindicato de Guarapuava. De acordo com a entidade, num balanço preliminar, a maioria dos professores aderiu à mobilização.
“Os alunos já foram dispensados ontem (29), e poucos professores avisaram que não iam aderir à paralisação. Nesses casos eles comparecem ao colégio e fazem expediente”, disse Helena dos Santos, secretária da APP-Sindicato de Guarapuava.
Os professores que foram a Curitiba se juntam a outras representações da categoria e estão nas ruas para exigir que sua pauta de reivindicações seja atendida pelo governo. Os professores relembram também a agressão sofrida em 30 de agosto de 1988, quando a categoria foi violentamente reprimida durante uma greve por melhoria salarial.
Às 9 horas de hoje os professores concentrados na Praça Santos Andrade saíram em caminhada em direção ao Palácio das Araucárias. Segundo a APP-Sindicato, uma comissão formada por diretores da entidade está sendo recebida pelo governador em exercício Flávio Arns.
DEMANDAS
A questão salarial continua na pauta da APP-Sindicato. A categoria exige que o governo pague o piso do magistério, previsto na lei federal 11.738/2008; e que seja estabelecida a equiparação entre professores e demais servidores públicos de nível superior.
Outra reivindicação é o não fechamento das turmas. De acordo com a entidade, em nome da “otimização”, o governo está adotando uma política de fechamento de turmas, o que provoca a superlotação nas classes.
Entre as demandas estão ainda a implantação de um terço de hora-atividade para os professores, conforme prevê a legislação; a adequação do Plano de Carreira dos Funcionários, o que permitirá o reconhecimento em carreira da graduação dos agentes educacionais I e da pós-graduação para os agentes educacionais II e fim das distorções; implementação da progressão atrasada dos funcionários. O atendimento à saúde dos educadores é outra questão que continua pendente.