Silvestri defende composição entre Temer e Serraglio

Brasília – Se não houver consenso deputado diz que vota no candidato paranaense

Dezoito dos 20 partidos que compõem a Câmara Federal já definiram que vão apoiar a candidatura do peemedebista Michel Temer para a presidência da Mesa Executiva. A eleição será ao meio dia de segunda-feira, dia 1º de fevereiro.
Mesmo que o PPS tenha anunciado publicamente o compromisso de apoiar o candidato Michel Temer, o deputado federal Cezar Silvestri disse à Tribuna na quinta-feira (29) que tende a votar no também peemedebista Osmar Serraglio, caso não haja uma composição entre os dois candidatos peemedebistas.
“Se não houver uma composição até domingo o meu voto dever ser do Osmar (Serraglio) pela amizade que temos e por ele compor a bancada paranaense, mesmo que o meu partido tenha compromisso em apoiar Michel Temer”, antecipa.
Silvestri afirmou que defende a bandeira da composição mesmo porque Serraglio patrocina o fato novo dessas eleições ao lançar uma candidatura avulsa e tardia o que lhe deixa em desvantagem contra o seu companheiro de partido.
Essa divisão dentro do PMDB também é avaliada por Silvestri como sendo negativa e, ao mesmo tempo, uma carta que poderá estar sendo usada pela oposição. Com o lançamento também atrasado da candidatura do comunista Aldo Rebelo (PC do B) a estratégia da oposição, na avaliação do deputado, é fragmentar o bolo dos votos levando a decisão para um segundo turno no qual Temer sairia em desvantagem, pois haveria a união dos demais candidatos – Serraglio, Rabelo e Ciro Nogueira (PP).
Silvestre, porém, ainda aposta numa possível composição. “Ainda estou com essa expectativa e já solicitei isso ao Osmar, mas ele se mantém, por enquanto, com o propósito de ser candidato de qualquer forma”, diz. Mesmo assim Silvestri acredita num consenso entre os peemedebistas. “Eu falei com o Temer e vejo a possibilidade do Osmar ficar com a primeira secretaria a Mesa Executiva aceitando a composição”.
Para Silvestri, Temer tem que ganhar no primeiro turno embora já tenho o apoio declarado de 18 dos 20 partidos. O Psol e o PRTB ainda não definiram suas posições.
Num possível segundo turno a eleição ficará difícil. Por isso, continuo defendendo uma composição. Essa divisão dentro do PMDB pode desmotivar os demais partidos”, observa.