Só quem vive pagando aluguel a vida toda consegue dimensionar o valor de receber a chave da casa própria. Ouvi essa declaração da Sabrina, contemplada com uma das 69 casas do Residencial Prime II. Localizado no ‘Bairru das Cerejeiras’, o Residencial chama a atenção, não apenas do acabamento, mas principalmente pelos equipamentos urbanos.
De acordo com o que o prefeito Celso Góes me disse, o déficit habitacional em Guarapuava é de mais de três mil moradias. Segundo o prefeito, nesse universo, as 69 unidades podem parecer um número pequeno. Mas outras já estão sendo construídas. “Em breve vamos entregar mais 99 casas, numa parceria com o deputado federal Aliel Machado. E com esse Governo Federal que está aí e o programa federal ‘Minha Casa Minha Vida’ vamos construir muito mais”. Essas novas unidades, vão ter como foco as famílias de baixo poder aquisitivo, já que as prestações devem oscilar entre R$ 50 e R$ 90, segundo prefeito.
Lembro que há anos, as famílias eram retiradas das casas, ou melhor, dos barracos e ‘jogados’ em áreas distantes da cidade. Tipo assim: longe dos olhos de muitos, na invisibilidade. Foi assim que nasceu a ‘Toca da Onça’, por exemplo. Ou a própria Vila do Jordão com as antigas casinhas do extinto BNH. É claro que a vila cresceu, que muitas famílias construíram casas boas – como se diz por aí. Mas a falta de infraestrutura ainda grita. Muitas pessoas vivem em estado de miséria à beira do trilho do trem.
Portanto, o residencial entregue nesta quinta (4) marca um divisor de águas, possível pela parceria entre os governos estadual, federal e administração municipal. Afinal, o direito a morar com dignidade é constitucional. E que bom seria que esses direitos envolvessem as pessoas como um manto de dignidade, de cidadania. Por enquanto, hoje em Guarapuava, 69 famílias vão colocar a cabeça sobre o travesseiro e dormir com a segurança de quem tem um teto pra chamar de seu.
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