22/08/2023

Aldo defende maior interação entre a Unicentro e a sociedade

Um dos grandes desafios da nova reitoria da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) é uma maior interação entre a instituição e a sociedade guarapuavana. Essa é uma das propostas defendidas pela chapa Rumo Certo, encabeçada pelo professor Aldo Bona e que passa pela ampliação de projetos culturais e de prestação de serviços.

Mas são nas atividades culturais propostas pela Universidade que reside um dos maiores impasses. Embora a Unicentro seja a única a dispor de um auditório com capaz de absorver shows, peças teatrais, festivais e outros eventos afins, tantos universitários quanto de outros segmentos da cidade, realizações ofertadas pela instituição são pouco prestigiadas pela comunidade.
“ A Unicentro vem promovendo shows com artistas de renome nacional e internacional e o público não comparece como deveria”, observa Bona. “São shows com uma riqueza cultural muito grande e temos dificuldade em lotar o auditório”, diz. O Auditório Francisco Contini tem capacidade para 514 pessoas sentadas.

A falta de espaços culturais em Guarapuava e Região e a consequente ausência de atividades culturais com maior frequência é apontado por Aldo Bona como uma das causas da baixa incidência de público.

Um dos exemplos que pode ser citado é o Encontro da Arte Folclórica promovida pela Universidade há 24 anos e responsável pelo surgimento de vários grupos folclóricos no município.

“Tudo começou em 1987 com um festival organizado pela Diretoria de Cultura da Unicentro no Clube Guaíra quando se apresentaram apenas o grupo japonês e o ucraniano. No início da década de 90 surgiram outros grupos folclóricos como o italiano, o português (hoje desativado), polonês, o afro, o suábio e outros e deu início ao Encontro da Arte Folclórica”, relembra Elizabeth Pacheco, que trabalha na Diretoria de Cultura da Universidade há anos. Esses grupos motivaram o município a realizar a Festa das Nações ainda na primeira gestão do atual prefeito Fernando Ribas Carli e do ex-prefeito Cesar Franco, mas não houve continuidade.

Os anos de 2001 e 2002, de acordo com Bona, marcaram o ápice das manifestações folclóricas com o Festival Internacional do Folclore que trouxe a Guarapuava, além de grupos nacionais, também de outros países, como foi o caso do Balé do Senegal. “Pela grandiosidade do evento houve pouca participação da sociedade”, diz Bona.

Em 2011, porém, o Encontro da Arte Folclórica sofreu uma redução pela falta de adesão dos grupos folclóricos. Das 11 etnias organizadas, apenas três participaram: suábios, polonês e italiano, além dos CTG Chaleira Preta e do Fogo de Chão e grupos de danças de academias e da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati). A semana acabou se resumindo em três dias.

A falta de recursos que possam subsidiar os grupos folclóricos e o próprio evento é a principal causa dessa queda.

“ A nossa participação requer uma logística que gera despesas e como não temos nenhum subsidio nesse sentido a nossa opção foi não participar”, fiz Orlando Silva coordenador do Kundun Balê, companhia de música e dança afro.

“A nossa captação de recursos para esse evento é via Lei Roaunet, mas temos essa dificuldade de captação”, observa Aldo Bona.

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

Este post não possui termos na taxonomia personalizada.

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.

RSN
Visão geral da Política de Privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.