Rio Bonito do Iguaçu/Bituruna – Dois crimes chocaram trabalhadores rurais de dois assentamentos durante o último final de semana.
Em Rio Bonito do Iguaçu, na região Sudoeste do estado, a morte brutal do agricultor Elio Hilário Fiebert chocou o assentamento Marco Freire, na localidade de Quatro em Cruzo. O crime doiu na noite de sábado (31). Segundo a Polícia Militar o agricultor de 45 anos, foi executado dentro da sua residência com um tiro e vários golpes com a coronha do revolver na cabeça. A mulher e de um dos filhos de colo presenciaram tudo, enquanto os outros dois filhos estavam no quarto.
Em estado de choque, a viúva disse à polícia que não identificou o assassino, pois logo que ele entrou mandou ela se abaixar e não olhar para o estava acontecendo. A Polícia Civil acredita em crime passional pela violência empregada no homicídio, pois além de nada ter sido roubado, não há nenhum indício do motivo ser conflito de terra.
O outro homicídio foi no município de Bituruna, na região Centro-sul do estado. O líder do acampamento 1º de maio, Ademar Alves, de 48 anos, foi executado por um grupo de aproximadamente 20 pessoas.
A Polícia Militar prendeu três integrantes que assumiram espancar Alves com pedaços de pau até a morte, após a vítima ter sido baleada. Os autores dos disparos foram identificados, mas não foram encontrados.
Segundo PM, a esposa de Alves relatou que o homicídio teve como causa uma briga pela liderança do acampamento.
Valdemar Vaz, que antecedeu a vítima no comando do grupo, não aceitava Alves e por isso reuniu outros insatisfeitos que votaram na sua expulsão na noite de sábado. Recusando-se a deixar o local, por volta das 6 horas da manhã de domingo (1º), Alves foi alvejado com mais de 10 tiros na cabeça. Após espancá-lo, ameaçaram a esposa de Alves que está grávida.
A PM encaminhou os três integrantes que assumiram as agressões para a 4ª Subdivisão da Polícia Civil de União da Vitória, mas não obtiveram sucesso nas buscas dos autores dos disparos – Valdemar Vaz, Antonio Ferreira e o conhecido como João do Pinhão. Segundo a PM, o acampamento 1º de maio, com seis anos de existência, na localidade do Cascalho em Bituruna, não faz parte do Movimento Sem-Terra (MST).
Com informações do jornal Gazeta do Povo