Agora é oficial! O inverno começa hoje (20) às 17h51 e a estação mais fria do ano se estende até o dia 22 de setembro. O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental (Simepar) informou que o fenômeno La Niña vai influenciar a estação, pois haverá ondas de frio e veranicos ao longo do período.
De acordo com o sistema, o inverno terá episódios de frio intenso, sendo períodos de dois a três dias com possibilidade de geada em alguns pontos. Porém, a previsão aponta que a temperatura deve ficar em torno de 1ºC a 2ºC acima da média, por consequência do La Niña.
Na Região Central do Paraná, a temperatura mínima ficará na média de 9,5ºC no mês de julho. Já a máxima não deve passar de 21,2ºC. Em agosto a média varia entre 10,5ºC e 23,3ºC e em setembro, para se despedir do inverno, os termômetros ficarão entre 12,4ºC e 24,8ºC.
Conforme o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib, o inverno paranaense tem por característica menor volume de chuva. Isso vai favorecer a passagem de sistemas frontais, em maioria frentes frias, e favorece o ingresso de massas de ar frio e seco de origem polar. É essa condição que causa queda brusca nas temperaturas em intervalos de 24 e 48 horas.
Teremos mais massas de ar frio em relação ao que ocorreu no ano passado, mas com a característica de serem de curto tempo. Nesses intervalos, o tempo será parecido com o que vimos no outono, inclusive com ondas de veranico.
Além disso, julho e agosto costumam ser os meses mais secos, com as chuvas se tornando mais frequentes a partir da segunda quinzena de setembro. Isso ocorre por causa do aquecimento acentuado da atmosfera. Por isso, o meteorologista afirma que a tendência é que a precipitação acumulada fique pouco abaixo da média.
Outro fenômeno típico da estação é a ocorrência de nevoeiros com intensidade e duração diretamente associadas ao padrão de tempo predominante na Região. Mas, a partir da elevação da temperatura durante o dia, essa neblina logo se dissipa.
A NOITE MAIS LONGA DO ANO
A mudança da estação é marcada por um fenômeno chamado de solstício, onde o planeta atinge o ponto mais distante em relação ao Sol. A própria palavra retoma o significado da expressão Sol parado, em latim, exatamente pelo fato de que, ao ser observado a olho nu, o astro parece concluir a trajetória quando atinge esse ponto. Além disso, a mudança na posição a cada nascer ou pôr do Sol não é vista nesse dia.
Segundo o astrônomo Thiago Gonçalves, o solstício ocorre duas vezes ao ano: uma em junho e outra em dezembro. Devido à inclinação do eixo da Terra, um hemisfério do globo fica mais exposto à luz solar quando começa o verão, enquanto o outro fica menos, onde passa a ser inverno. No mês de junho no Hemisfério Sul é quem recebe menos incidência solar, por isso hoje (20) ocorre a noite mais longa do ano.
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