Um ato de vandalismo abalou a comunidade católica da Localidade Barra Preta em Manoel Ribas. Vândalos roubaram o sacrário da Capela São José, vandalizaram o artigo religioso e ainda o abandonaram em uma plantação de trigo. O crime ocorreu cerca de 800 metros da igreja.
Os moradores contaram que a situação ocorreu entre quinta (15) e sábado (17). Uma senhora chegou ao local para fazer a celebração da palavra de domingo e notou a falta do sacrário. Ainda não há informações de como os vândalos retiraram do local, pois não houve arrombamentos.
CRIME
Dom Amilton Manoel da Silva, bispo presidente diocesano de Guarapuava, relatou ao Portal RSN que encontraram o sacrário no domingo (18). O objeto estava parcialmente arrombado e com as hóstias consagradas espalhadas no chão em trigal. O pároco Padre Anchieta esteve presente para recuperar o sacrário, que agora passará por reparos. De acordo com Dom Amilton, é o curioso o fato dos vândalos escolherem uma produção de trigo para jogar o sacrário.
É bastante interessante porque o pão vem do trigo e este pão consagrado é Jesus Cristo para nós católicos, e de onde partiu o pão que é o trigo, é ali que Jesus foi jogado, o sacrário, e as hóstias foram encontrados ali, inclusive pela estrada. Não eram muitas, porque tentaram arrombar, e com isto, por uma fresta do sacrário, que não conseguiram abrir, as hóstias caíram. Então elas foram deixadas ou arremessadas, e outras pela estrada.
A comunidade teve o sacrário recuperado, depois o padre Anchieta se deslocou até o local e conseguiu abrir o sacrário, onde a âmbula com hóstias estavam. “Os moradores ficaram em vigília de oração, enquanto houve o recolhimento das hóstias, incluindo as esfareladas, porque são hóstias consagradas e para nós católicos é a presença real de Jesus em corpo, sangue, alma e divindade”.
POSICIONAMENTO DA IGREJA CATÓLICA
Nestes casos, a Igreja Católica cumpre o cano 1367 do direito canônico, que afirma que quem profana o sacrário, quem joga fora as hóstias consagradas, sofre uma ex-comunhão, ou seja, as pessoas estão fora da comunhão da igreja. De acordo com o Dom Amilton, “elas profanaram e cometeram o sacrilégio, independente daquilo que buscaram fazer, mas elas não respeitaram o sagrado de uma religião e elas profanaram aquilo que é preciosíssimo para nós católicos.”
Agora, as hóstias são colocadas na água e depois de dissolvidas passam para uma planta de uma forma que não fiquem jogadas. Isso porque depois se coloca a terra em cima. Já em outro procedimento o padre vai marcar uma missa em reparação, após a capela ser reaberta.
Com isto, acreditamos que a misericórdia de Deus também age e sem julgar o porquê, mas nós não podemos aceitar esse tipo de profanação de vandalismo, de desrespeito, não só a igreja católica, mas também as outras denominações e credos religiosos. O respeito e a educação parte em todos os sentidos da vida humana. E só é possível viver em sociedade respeitando uns aos outros, sobretudo a crença e a fé. Então os fiéis serão comunicados. O dia da missa reparadora, onde ela terá todo sentido de reparação. Também nas missas que estaremos celebrando esses dias, na diocese, nós colocaremos esta intenção de reparação ao Santíssimo Sacramento pela profanação.
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