22/08/2023

5ª Regional registrou mais de 600 casos de ataques de aranhas em 2011

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Em nove meses a 5ª Regional da Saúde de Guarapuava já registou 626* casos de ataques de aranhas em 20 municípios da região. As maiores ocorrências foram os ataques das “aranhas marrons” (Loxosceles sp) que somam 196 casos.

Os ataques foram mais comuns nas cidades de Guarapuava e Pinhão, 64 e 39 casos respectivamente. Segundo Rilson Mota, setor de endemias e animais peçonhentos, as “aranhas marrons” são pouco agressivas, dificilmente atacam pessoas. “As picadas ocorrem como forma de defesa, quando macho ou fêmea (ambos peçonhentos) são comprimidos contra o corpo, durante o sono, no momento do uso das vestimentas (calçando um sapato, por exemplo) ou no manuseio de objetos de trabalho (como enxadas e pás guardadas em locais escuros).

Mota explica que esses animais gostam de lugares escuros, quentes e secos. No ambiente externo, vivem debaixo de cascas de árvores, em folhas secas, em buracos, em telhas e tijolos empilhados, muros velhos, paredes de galinheiro e outros. Dentro das casas, ficam atrás de quadros, armários, entre livros, caixas de papelão e outros materiais que não são muito remexidos. E também materiais de construção, como tijolos, telhas, lajotas, azulejos, madeiras guardadas servem de abrigo para as aranhas. “As Loxosceles saem em busca de alimento à noite, e é neste momento que podem se esconder em roupas, toalhas, roupas de cama e calçados”, comenta.

A picada nem sempre é percebida pela pessoa, por ser pouco dolorosa. A dor pode iniciar várias horas após. As alterações locais mais comuns são: dor em queimação, vermelhidão, mancha roxa, inchaço, bolhas, coceira e enduração. Dias após, podem ocorrer outras alterações como necrose, dor de cabeça, mal-estar geral, náusea, dores pelo corpo.

Mota orienta que no caso de um acidente com a “aranha marrom”, a vítima deve procurar o quanto antes o posto de saúde mais próximo e se possível levar junto a aranha causadora do acidente, para auxiliar na rapidez do diagnóstico.

*Números do Sistema de Informação Nacional de Agravos (Sinan)

Cristina Esteche

Jornalista

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