Prefeitura cancela o PSS que contrataria professores em Guarapuava

A Prefeitura de Guarapuava desistiu de ofertar o PSS (Processo Seletivo Seriado) que contrataria cerca de 150 professores temporários. O Projeto de Lei autorizando a contratação chegou a ser aprovada pela Câmara de Vereadores, recentemente, e permitia outros cargos em áreas da administração municipal. A sugestão do cancelamento foi feito pelo próprio Sindicato dos Servidores Públicos e Professores Municipais (SISPPMUG) à secretária municipal de Educação e Cultura, Dorotil Casagrande Melhem.

“O processo seria feito em setembro com contratação em outubro. Portanto, o contrato valeria apenas por dois meses e meio neste ano letivo. Por isso, sugerimos que o PSS não fosse feito”, diz Christiane Wainer, do Sindicato. “Recebemos a informação do Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura que um novo concurso público está sendo organizado e que deverá estar concluído dentro de 120 dias. Então, por que promover contratações temporárias sendo que professores poderiam perder turmas inteiras, caso algum candidato pontuasse melhor na seleção”, observa a sindicalista.

Para suprir a necessidade emergencial a sugestão do SISPPMUG é que os professores que estão em desvio de função sejam chamados para suprir os casos mais críticos e fechar o ano letivo.

Embora o déficit de professores nas escolas municipais não seja revelado, segundo o Sindicato, cerca de 200 profissionais cumprem jornada ampliada. “Entendemos que o déficit passa desse número, já que existem muitos professores dobrando o horário, uma prática não permitida pela legislação. Ou seja, o professor está trabalhando o dobro e ganhando menos”, diz Christiane.

Desde o início das discussões para a abertura do PSS o SISPPMUG se posicionou contrário por entender que esse processo é pertinente apenas para substituição em casos emergenciais como licença-maternidade, licença por pedido médico, por exemplo.
“Defendemos a contratação por concurso público” afirma.