A Polícia Federal (PF) concluiu nesta quinta (21) um relatório que indicia o ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Braga Netto. Com eles, outras 35 pessoas estão indiciadas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. De acordo com a PF, o documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), resulta de investigação que identificou uma organização criminosa. A quadrilha atuou de forma coordenada em 2022. Tratava-se de uma tentativa para manter Bolsonaro no poder.
De acordo com o relatório, há detalhamento das provas obtidas ao longo de quase dois anos de investigação. Inclui quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal. Assim como buscas e apreensões e colaborações premiadas. Entre os elementos está a delação do tenente Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
A PF classificou os envolvidos em seis núcleos: Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral, Incitação de Militares ao Golpe de Estado, Núcleo Jurídico, Operacional de Apoio às Ações Golpistas, Inteligência Paralela e Operacional para Medidas Coercitivas.
O relatório será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável por decidir sobre a apresentação de denúncias ao STF. A expectativa é que as acusações sejam formalizadas até fevereiro de 2025, consolidando evidências e provas sobre o envolvimento de Bolsonaro, Braga Netto e os assessores na tentativa de golpe, incluindo os desdobramentos do ataque de 8 de janeiro.
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