O prefeito Celso Góes (CD) sancionou no fim da tarde desta segunda (2) a lei que reduz significativamente o número de cargos comissionados na Prefeitura. A decisão, publicada no Diário Oficial do Município, extingue 143 dos 261 cargos existentes, reduzindo o número total para 118. Apesar de já ter eficácia legal, a lei só passará a valer a partir de 31 de dezembro deste ano, abrindo espaço para um final de transição conturbada na administração municipal.
Curiosamente, a redução de cargos comissionados foi uma das principais bandeiras do prefeito eleito, Denilson Baitala (PL), durante a campanha eleitoral. Baitala criticou duramente o ‘inchaço’ da máquina pública na gestão atual e prometeu uma redução drástica no número de comissionados como parte da proposta de moralização e eficiência administrativa.
No entanto, o cenário não se apresenta tão favorável quanto poderia parecer. Durante uma reunião recente com Góes, Baitala, acompanhado pelo coordenador de transição Thiago Pfann, solicitou que o atual prefeito vetasse a lei. O argumento central foi que a decisão impacta diretamente o início da gestão. Isso porque limita a capacidade de estruturar uma equipe de confiança para os desafios administrativos.
Góes, entretanto, seguiu adiante, justificando que os cargos eliminados foram criados por ele, reforçando a ideia de contenção fiscal e ‘desinchaço’ da máquina pública. A decisão, contudo, também pode ser interpretada como um movimento estratégico, que pode colocar Baitala em uma posição delicada logo no início do governo.
A redução de comissionados, enquanto simbólica e alinhada ao discurso do novo prefeito, pode gerar contratempos no curto prazo. Esse impacto vai atingir, sobretudo, sobretudo, áreas que dependem diretamente de assessorias técnicas e estratégicas, como planejamento, comunicação e articulação política.
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