O secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Guarapuava, o agrônomo Milton Roseira Junior nega qualquer participação no esquema do transporte escolar denunciado pelo motorista Pedro Ferreira dos Santos. A denúncia de que o motorista era “laranja” na empresa R.C Turismo foi feita ao democrata Gilson Amaral e provocou a instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), presidida pelo vereador João do Napoleão, tendo como relator Lizandro Martins, o Magrão, e Maria José Mandu Ribas, como membro.

“Eu sou inocente. Nunca tive envolvimento com nenhuma empresa e nada que diga respeito ao transporte escolar”, garante Milton Roseira Junior à RSN na tarde desta quarta-feira (05). Para o secretário municipal, a denúncia não passa de um factóide político. “As eleições municipais estão chegando e como especulam o meu nome para uma pré-candidatura as tentativas de ataques já começaram. Mas eu vou continuar desempenhando o meu trabalho na Secretaria em que atuo e tão logo fique comprovada a minha inocência estarei ajuizando processos judiciais contra quem expôs o meu nome”, antecipa.

O diretor de Obras da Surg, Francisco Silvério, outro envolvido pelo motorista, disse à RSN ainda na manhã de ontem, terça-feira (04), que não precisaria ter informações sobre o que estava acontecendo para então fazer qualquer declaração. “Ainda não sei de nada, mas tão logo tenha conhecimento vou falar”, assegurou à RSN. Chiquinho, como é conhecido, disse conhecer Pedro Ferreira dos Santos e que o auxiliou quando o motorista sofreu um acidente e teve que amputar uma das pernas. “Fiz por ele o que não fiz nem para o meu pai”, afirmou Chiquinho. Ele nega qualquer envolvimento com o ex-motorista.

Pelas denúncias apresentadas na sessão da Câmara de Vereadores na segunda-feira (03), por Gilson Amaral, que mostrou um vídeo com o depoimento de Pedro, o motorista, sem ter conhecimento, foi utilizado como “laranja” na RC Turismo. A empresa, segundo o ex-motorista, seria de propriedade de Milton Roseira Junior e de Francisco Silvério. O ex-motorista disse que só tomou conhecimento disso depois que sofreu o acidente. Foi a partir de então que multas do veículo e outras cobranças começaram a ser entregues em sua casa. Disse também que pagou algumas dessas contas e que pediu para que seu nome fosse retirado da empresa, passando então para o nome da filha de Francisco Silvério.

Ainda na tarde de ontem, terça-feira, a RSN tentou novo contato com Silvério. Ele atendeu a ligação, mas disse que estava em reunião e que ligaria mais tarde, o que não aconteceu. Nesta quarta-feira, novas tentativas de contato foram feitos, mas sem êxito.

A CPI já fez uma primeira reunião na tarde de ontem quando foram eleitos o presidente e o relator. O prefeito Fernando Ribas Carli já foi comunicado sobre as investigações, segundo a Câmara.

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