Pela primeira vez na Região Central do Paraná, o robô Da Vinci XI executou as primeiras cirurgias robóticas. Este é o mais moderno equipamento do mundo para cirurgias minimamente invasivas. Com ele, os cortes são menores, o tempo de cirurgia é menor e a recuperação, também mais rápida. Os pacientes foram um homem de 56 anos, de Candói, e uma mulher, de 49 anos.
A cirurgia ocorreu a partir de um console, o médico principal comanda os quatro braços do robô num “joystick”, como os usado em videogame, e em pedais. Nos braços do robô, estão pinças, bisturis e agulhas para suturas, além de câmeras tridimensionais que oferecem imagens de alta resolução para que os movimentos acionados pelo médico obtenham o máximo de precisão. Tudo é monitorado pelo cirurgião a partir de uma tela de 20 polegadas instalada no console.
O cirurgião José Ribeiro coordenou o trabalho. Ele foi aluno durante um ano de Jefferson Gross no AC Camargo Câncer Center de São Paulo, onde fez treinamento e certificação para executar estas cirurgias em Guarapuava. De acordo com o Hospital São Vicente, Jefferson Luiz Gross é cirurgião torácico oncológico, líder do centro de referência em oncologia torácica do AC Camargo Câncer Center.
ALTA TECNOLOGIA
O cirurgião Diogo Castoldi atuou como auxiliar junto aos braços do Da Vinci e há muitos anos compõe a equipe médica do São Vicente. Ele também se prepara para fazer a primeira cirurgia robótica. Também natural de Guarapuava, José Henrique Agner Ribeiro dedicou um ano para se aprimorar na técnica. Apesar de o robô possibilitar movimentos que a mão humana não consegue, como um giro em 360⁰ com alta precisão. Por isso, o médico é quem comanda tudo.
Para obter essa especialização, o cirurgião passa por 40h de atividades em um simulador na plataforma robótica. E em seguida em treinamentos num tecido vivo (animal) e, para finalizar, por no mínimo mais 10 casos em pacientes humanos, acompanhado de um instrutor. O ciclo completo de especialização demora de três meses a um ano.
No Paraná, só existem 11 Da Vinci, produto fabricado nos Estados Unidos pela indústria Intuitive. A partir de agora a Região de Guarapuava entra para a tecnologia robótica na área da saúde, por iniciativa do São Vicente, no parque tecnológico Cidade dos Lagos.
Todos os médicos ressaltam o salto de qualidade, tanto para os pacientes, com melhores resultados na cirurgia e na recuperação, assim como para os profissionais, que agregam conhecimento técnico e prático dentro da robótica, a última palavra na medicina cirúrgica. Por fim, as cirurgias foram acompanhadas pelo provedor do São Vicente Cidade dos Lagos, empresário Odacir Antonelli, pelo CEO do Hospital São Vicente, Heleno Faria, e pela diretora da unidade, Fernanda Faria.
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