Correios: TST deve decidir por conciliação ou dissídio na segunda

A greve dos funcionários dos Correios chegou ao 23º dia hoje, quinta-feira (06), após a rejeição da proposta da empresa por 18 dos 35 sindicatos do país que representam a categoria ontem, quarta-feira (05). A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) comunicará oficialmente o Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre a continuidade do movimento nesta quinta. Caberá ao TST determinar os próximos passos das negociações.

Em Guarapuava, 16 dos 55 servidores aderiram à paralisação. Para amenizar a situação, a agência conta com o trabalho de 14 terceirizados.

O tribunal poderá marcar mais uma audiência de conciliação entre os Correios e o Comando de Greve ou determinar um relator para o dissídio. As duas possibilidades devem ocorrer somente na próxima semana, provavelmente na segunda-feira (10). Segundo os Correios, é remota a possibilidade de haver uma reunião no TST já na sexta-feira (07).

A paralisação dos funcionários dos Correios teve início em 14 de setembro e segue por tempo indeterminado.

A assessoria de imprensa dos Correios no Paraná e o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) informaram que as negociações não foram encerradas e que o diálogo entre as partes deve continuar.

De acordo com o Sintcom-PR, a proposta foi rejeitada porque não contemplava as reivindicações dos trabalhadores. A entidade não concordou com o reajuste de 6,87% e com o aumento de R$ 80. Os trabalhadores querem reajuste de R$ 200 para todos os funcionários e índice de 7,16%. O sindicato também não aceita que haja desconto de nenhum dos dias em greve – mesmo que os dias parados fossem descontados de forma parcelada.

Os Correios afirmam que 20% dos funcionários estavam em greve nesta quinta-feira (06) e o sindicato informou que 70% dos trabalhadores aderiram à paralisação no Paraná.

Mutirão

Os Correios irão fazer um novo mutirão de entrega de correspondências e objetos no próximo fim de semana. O objetivo é reduzir as filas de itens que aguardam para serem encaminhados aos seus destinatários.

A medida foi adotada em 1º e 2 de outubro e 1.182.406 objetos postais foram entregues no Paraná. Funcionários do setor operacional que não aderiram à greve e de outras áreas participaram do mutirão.

Segundo a assessoria de imprensa dos Correios, as entregas estão sendo feitas diariamente, mas o efetivo está reduzido por causa da greve e existem atrasos.