22/08/2023

Greve dos bancos: Guarapuava supera números de agências e trabalhadores parados

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No décimo dia da greve dos bancos o Sindicato dos Bancários de Guarapuava e Região já registrou a paralisação de 36 agências e mais de 400 trabalhadores, sendo a maior greve dos bancários dos últimos 20 anos.

A última grande paralisação aconteceu em 2010, onde foram fechadas 30 agências e cerca de 300 funcionários dos bancos aderiram à greve. Naquela ocasião a greve durou 16 dias.

Apesar de toda mobilização, 15 municípios que compõem o Sindicato de Guarapuava ainda não aderiram à greve. Apenas oito cidades resolveram parar os trabalhos: Laranjeiras do Sul, Prudentópolis, Santa Maria do Oeste, Guarapuava, Pitanga, Manoel Ribas, Pinhão e o distrito de Entre Rios.

Segundo o coordenador do Sindicato dos Bancários de Guarapuava e Região, Elói Myszka, a grande distância entre Guarapuava e as outras cidades está prejudicando o êxito completo das paralisações. “Quedas do Iguaçu, por exemplo, fica a 180 quilômetros de Guarapuava. Mesmo assim, temos conseguido alcançar diversas cidades e tenho certeza que na próxima semana vamos paralisar ainda mais agências”, diz Myszka.

O coordenador ainda afirma que a tática do silêncio, imposta pela Fenaban, tem provocado descontentamento entre os funcionários dos bancos. “Foi um tiro pela culatra. Eles tentaram fragilizar a greve, mas acabaram fortalecendo ainda mais o movimento”, comenta.

Myszka acredita que a greve deve continuar forte nos próximos dias. “Ano passado na segunda semana de greve sentíamos o pessoal ansioso e com vontade de retornar ao trabalho. Esse ano não. Estão todos unidos e com vontade de solidificar ainda mais a greve”, garantiu.

Federação Nacional dos Bancos

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) afirmou ter recebido uma carta dos bancários com um pedido de uma nova proposta. “Para que isso ocorra, é necessária uma sinalização mais concreta das lideranças sindicais de que uma eventual nova proposta não será rechaçada liminarmente”, respondeu a entidade, em nota. As últimas propostas foram de 0,3% e 0,56% de aumento real. Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais inflação do período), valorização do piso, maior participação nos lucros e resultados (PLR) e mais contratações, entre outros pontos.

Cristina Esteche

Jornalista

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