22/08/2023

Empreendimento imobiliário vai revitalizar região do campus da UTFPR

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Por Cristina Esteche

 

Uma obra que está sendo executada na PR 466, estrada que dá acesso ao município de Pitanga, chama a atenção e é o pontapé inicial para um dos maiores empreendimentos imobiliários de Guarapuava e que está sendo chamado de a “Nova Guarapuava”.

 

A obra que está sendo executada é um trevo de acesso particular, aprovado pelo DER (Departamento de Estradas e Rodagem), construído pelo Grupo Dubena e que vai dar acesso ao campus da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal) e a aproximadamente dois mil lotes projetados.

Para isso alterações já começaram a serem feitas. De acordo com o empresário Vilso Dubena, a empresa revendedora de gás que existe às margens da rodovia PR 466 será transferida para área ao lado do Posto da Polícia Rodoviária Federal. Em seu lugar será construído um posto de combustível, um centro comercial com espaço para restaurante e salas comerciais, um condomínio fechado com l0 lotes de 1,5 mil metros quadrados cada. Há previsão de espaço para a construção de quitinetes. Outros 17 alqueires já foram adquiridos por Dubena dentro do perímetro urbano de Guarapuava no entorno do campus da UTFPR.

 

O planejamento que prevê a ampliação do perímetro urbano de Guarapuava, envolvendo uma nova rede coletora de esgoto pela Sanepar, para incorporar outros 96 alqueires de propriedade do empresário Odacir Antonelli está sendo executado há cerca de 10 meses por técnicos especializados

 

O ousado projeto será apresentado na primeira quinzena de novembro de 2011 ao CONCIDADE – Conselho do Plano Diretor de Guarapuava, que é o órgão colegiado que reúne representantes do Poder Público e da Sociedade Civil organizada, com funções deliberativas e propositivas em matéria de regulamentação, implantação, gestão e monitoramento do Plano Diretor. Para embasar e subsidiar os conselheiros na tomada de decisão, o plano de expansão está sendo proposto de forma cuidadosa, com parâmetros urbanísticos compatíveis com a realidade do empreendimento.

MAIS DE 100 ALQUEIRES

O novo empreendimento imobiliário que terá em sua totalidade, mais de 100 alqueires, o que significa que será quase três vezes maior do que a área do Residencial 2000 que possui 40 alqueires, está sendo planejado com infra-estrutura completa cujo custo será entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões, comtemplando, rede coletora de esgoto, rede de água, rede de energia elétrica e iluminação pública, drenagem, pavimentação asfáltica, terrenos padrões cujos tamanhos oscilam entre 300 metros quadrados e mil metros quadrados cada, área para pedestres, ciclofaixas, calçadas, meio-fios e outras obras afins vão compor o complexo urbano. De acordo com informações dadas à RSN, o loteamento terá vida própria com supermercado, centro médico, academia, restaurantes, agência bancária, Centro Cívico, áreas verdes, quadras poliesportivas, shopping, ruas internas estritamente residenciais que evitam ligações com ruas de grandes fluxos de veículos como as avenidas projetadas, proporcionando locais com tranqüilidade garantida. O Parque das Araucárias e o Jardim Botânico serão incorporados ao novo loteamento cuja extensão irá até a entrada ao distrito de Guairacá. Dois viadutos, um pela PR 466 e outro que desembocará na BR 277 serão construídos.

AMPLIAÇÃO DO PERÍMETRO URBANO

Para que tudo isso seja executado é preciso ampliar o perímetro urbano de Guarapuava que hoje está limitado até o Rio Xarquinho, a empresa de gás onde está seno construído o trevo na PR 466, o Parque das Araucárias e o Loteamento Feroz II.

 

Segundo dados fornecidos à RSN por técnico que trabalha no projeto, a área urbana de Guarapuava só pode ser expandida na região onde se encontra a bacia do Rio Cascavel, por causa da infraestrutra obrigatória da rede de esgoto. É nessa área que o novo loteamento está inserido. É nessa questão que entra a Sanepar.

“A bacia do Rio Cascavel atinge mais de 90% do perímetro urbano, onde existe a rede coletora de esgoto da cidade”, diz um dos técnicos.

 

Para se ter uma idéia do estrangulamento da área urbanizada, no setor da rede coletora de esgoto de Guarapuava, na região sul da cidade existe a bacia do Rio das Pedras onde não é permitida mais a expansão. Ao norte após a região do Bairro Industrial (Imóvel Xarquinho) e o posto da Polícia Rodoviária Estadual na rodovia PR 466 está a bacia do Rio Coutinho, onde também existe uma restrição por não haver o saneamento básico. A leste indo para Curitiba, após a Rua XV de Novembro ainda está afeta à bacia do Rio das Pedras, na área de captação do manancial. Na região oeste, após o aeroporto que passa pelas ferrovias (limitador muito grande) e vai até a Cooperativa Agrária, região que está inserida no perímetro urbano de Guarapuava, por ser predominantemente industrial também há restrições. Só resta, então, a bacia do Rio Cascavel.

 

São questões também como essas que serão colocadas para o convencimento do Concidade. Uma vez aprovado o projeto será executado num prazo de dois anos.

Cristina Esteche

Jornalista

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