22/08/2023

Corram para as colinas!

por Paula Fernandes

Meus senhores e senhoras, tenho um comunicado importante a fazer. Acabo de constatar algo revolucionário para uma geração inteira, se não, até para um século! Algo que mudará o seu modo de pensar, agir, e com certeza, surpreenderá inúmeras pessoas. Trata-se de algo pouquíssimo visto nos dias atuais, e quando se vê, é de desconfiar de tamanho amor. Mas não aquele amor agarradinho, juntinho, bonitinho. “O amor é outra coisa”. Estou falando daquilo que os homens sentem, mas fingem não sentir. É amor?

Ouch! Percebo que toquei em um assunto polêmico, de muitas feridas, muitas opiniões, várias convicções e vários argumentos. Mas, a minha constatação não é um ataque direto aos homens, muito pelo contrário, chega a ser até um elogio. Elogio, porque convenhamos… não há nada mais consensual no mundo do que mulheres falando “homens são todos iguais” e referindo-se a todas (e várias) desilusões amorosas. Ok, ok, não vamos entrar no mérito de quem esteve errado a maior parte do tempo nem quem teve tal atitude e por que.

Quero apenas fazer um elogio ao sexo masculino por (finalmente!!) ter coragem suficiente para dizer um “Eu te amo” verdadeiro, ter a audácia de contar para os amigos que aquela mulher é “the one”, e, principalmente, pela ousadia de admitir a si mesmo que essa casca grossa sofre tanto quanto a mocinha da novela das 9. Oh! Meu Deus! Será o fim do mundo?

Não estou feminilizando os homens. Aliás, parece que a questão é sempre essa. Escrever sobre sentimentos é brega. Falar então… nem pensar! É a certeza que o nosso amigo ali, o bombado, o mulherengo, o pegador, agora tem sentimentos. E o pior: ele sente de verdade! Ah, como deve incomodar vê-la conversando com um amigo, como dói não receber ligações de boa noite, como é trágico passar o dia sem aquele cafuné diário…

É, meu amigo, funciona assim com todo mundo. Falei precisamente sobre os homens por ser o motivo clássico, porém, acontece com qualquer um que esteja esperando – ou não – aquela palavra de quatro letras. Por isso, parabenizo todos os homens turrões o bastante que se deixaram apaixonar, e, mais que isso, proponho um brinde de champanhe (que coisa mais mulherzinha brindar com champanhe…) a todos os homens que sentem, admitem, e falam!

tim tim

Matéria publicada originalmente no blog Gorpa Cult, desenvolvido por acadêmicos do 2o. de jornalismo da Unicentro, parceiro da RS. – Professora Níncia Teixeira

Cristina Esteche

Jornalista

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