Os deputados estaduais aproveitaram um deslize do Ministério Público Eleitoral para salvar, pelo menos temporariamente, o mandato de Bernardo Carli.
Os promotores mandaram um ofício informando que a Justiça Eleitoral cassou o mandato de Carli por irregularidades na prestação de contas da campanha. E pediu o cumprimento imediato da decisão.
No entanto, por um erro, ao invés de mencionar o mandato "de deputado estadual", o ofício pede a cassação do mandato "de deputado federal" de Carli.
O deputado Reni Pereira (PSB) disse que o caso, por isso, deve ser encaminhado à procuradoria da Assembleia (a mesma que disse que Nelson Justus e Alexandre Curi não deviam ser punidos por ser de boas famílias).
Atualização
Os advogados do deputado, do escritório René Dotti, entraram com o pedido de defesa do parlamentar na casa a respeito do processso de cassação. Na defesa, Dotti pede preliminarmente que Carli não perca o mandato enquanto o recurso não for julgado no TSE e possa apresentar defesa à mesa da Assembleia.
O deputado Caíto Quintana subiu ao púlpito e fez a defesa e apresentou solidariedade ao colega. Desconfiou dos cabos eleitorias que depuseram e originaram a cassação do deputado.
"Não há crime quando se está representando um povo que legitimamente o elegeu. Não é corporativismo. Mas a pressa é tamanha para cassar um deputado por apenas R$ 11 mil real (sic) que até o cargo dele foi escrito errado", disse Caíto.
Com informações de Rogério Galindo