22/08/2023
Segurança

Strechar está preso na carceragem da Cadeia Pública de Guarapuava

imagem-31908

O presidente da Câmara de Vereadores de Guarapuava, o peemedebista Admir Strechar encontra-se preso no setor de carceragem da Polícia Civil em Guarapuava. Ele foi levado para a Delegacia após ter sido flagrado recebendo parte do salário de um dos assessores considerados “fantasmas.”

Pedro Roque Guimarães dividia o salário mensal de R$ 2,4 mil com Strechar sob a ameaça de ser demitido. Não agüentando mais essa situação fez a denúncia ao Ministério Público e o racha foi flagrado. As notas sacadas por Roque foram marcadas e R$ 1 mil estava em posse de Strechar que tinha consigo R$ 12,1 mil. Ontem, terça-feira (25) foi dia de pagamento na Câmara. Hoje mais dois funcionários abriram o jogo com o Ministério Público e confirmaram que participam do mesmo esquema.

 

Mesmo sem ter curso superior, Strechar está em cela separada dos demais presos na Cadeia Pública de Guarapuava. Foi colocado na sala da carceragem. Na manhã de hoje ele recebeu a visita do filho mais velho que levou cobertores e travesseiro e não demorou muito tempo para sair.

 

De acordo com a Controladora Interna da Câmara, a advogada Silmara Ferrem, o advogado Roberto Brzezisnki Neto é o advogado que vai defender Strechar. “Ele já fez a defesa dele (Strechar) em outros processos”, disse à RSN. Roberto Brzezisnki Neto é o mesmo que atua na defesa do ex-deputado Fernando Carli Filho junto com Renê Dotti. Há informações também que ainda ontem Silmara entrou em contato com o advogado Osman de Santa Tereza Arruda, também de Curitiba.

Segundo especialistas na área criminal, caso a defesa tenha entrado com pedido de Habeas Corpus e este seja aceito o relaxamento da prisão deverá acontecer num prazo máximo de três. Para impedir essa possibilidade é necessário transformar o flagrante em prisão preventiva.

OUTROS

Dezessete estão sendo investigados, além de cinco vereadores – João do Napoleão, Sadi Federle, Thiago Cordova, Fernando Alberto dos Santos, Hamilton Carlos de Lima (Pé-de-cana). Thiago Cordova, porém, disse que está tranqüilo e que colabora com as investigações. “Os policiais foram no prédio que eu morava (Maria Antonio) e eu mesmo liguei para o promotor Mauro Dobrowolski dando o meu novo endereço. Não tenho nada a temer”, disse o vereador à RSN. Há informações de que a denúncia contra ele é que em 2004 o vereador mantinha funcionários “fantasmas”. “Quero ver a denúncia e saber onde encontro esses fantasmas”, afirmou.

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.