Justiça decreta a prisão preventiva de Strechar. Defesa ainda analisa o processo

O presidente da Câmara de Vereadores de Guarapuava, vereador Admir Strechar deverá permanecer na Cadeia Pública da cidade por mais 30 dias. A Justiça transformou a prisão em flagrante e decretou a prisão preventiva de Strechar. Ele está preso no setor de carceragem. Strechar já é reincidente. Ele já esteve preso na Polícia Federal há anos e pesa sobre ele três condenações. A primeira por inclusão de dados falsos no sistema do DETRAN (ele era chefe da 6ª. Ciretan em Guarapuava), por sonegação fiscal e por furto de sinal de tevê a cabo.

Na atual investigação que resultou na prisão em flagrante o processo que contém denúncias e depoimentos de funcionários da Câmara somam hoje aproximadamente 200 páginas.

Ao contrário do que previam advogados contatados pela RSN nesta terça-feira (26), o advogado de defesa de Strechar não entrou com pedido de relaxamento de prisão do vereador. Informações dadas pelo advogado Osmael Lisenko ao G1 dizem que os estudos da documentação judicial ainda não foram concluídos. O pedido deverá ser feito amanhã, quinta-feira (27).

O vereador foi preso em flagrante na tarde de ontem (25) após receber R$ 1 mil do servidor Pedro Roque Guimarães. A divisão do salário vinha se repetindo mensalmente há dois anos. Em conversa com a RSN na noite desta quarta-feira o servidor disse que cumpria expediente e que não suportou mais ter que entregar a metade do salário ao vereador. O servidor filmou o momento em que o vereador conferia o valor do dinheiro entregue (veja abaixo vídeo postado na matéria feita pela RPC em Guarapuava).

Outros 17 funcionários “fantasmas” também estão sendo investigados. Quatro assessores também declaram ao MP que faziam a divisão dos salários com o presidente da Câmara.

As buscas do GAECO em cumprimento a 30 mandados de busca e apreensão continuaram durante todo o dia de hoje.

Com informações e vídeo do G1