Julgamento do cavalo mais caro do Brasil chega ao TJ-PR

O Tribunal de Justiça do Paraná será palco de um julgamento histórico envolvendo o cavalo mais caro já negociado no Brasil. O animal, atualmente batizado como Gêneses 66, teve um investimento superior a R$ 160 milhões. O Grupo Haras Monte Sião, comprou o animal, em uma transação feita diretamente no estado do Texas (EUA).

Advogado Acyr Neves, convocado para compor a defesa dos empresários (Foto: divulgação)

De acordo com o advogado Acyr Neves, que defende o Haras, a disputa jurídica gira em torno de cláusulas contratuais e da comercialização da genética do garanhão.

A linhagem é considerada uma das mais valiosas do mundo na raça Quarto de Milha.

O caso mobiliza o setor jurídico e o agronegócio de elite, ganhando repercussão nacional. O advogado Acyr Neves, conhecido pela atuação combativa e estratégica em processos de alta complexidade, integra a defesa do grupo proprietário do animal. Ele atuará diretamente no caso e fará sustentação oral na tribuna do Tribunal de Justiça do Paraná, representando os interesses do Haras Monte Sião.

“Trata-se de um processo emblemático. Envolve não apenas a propriedade sobre um animal de valor inestimável. Mas também o debate sobre soberania contratual, segurança jurídica em importações e o respeito à cadeia produtiva do agronegócio de elite no Brasil”.

CAVALO DE OURO

Cavalo avaliado em mais de R$ 160 milhões (Foto: divulgação)

Gêneses 66 não é apenas um animal premiado. A genética dele é considerada revolucionária na linhagem de trabalho e performance. De acordo com o histórico do animal, o garanhão acumula prêmios nos Estados Unidos e é um dos mais requisitados em programas de inseminação no Brasil. Cada dose de sêmen encontra-se avaliada em até centenas de milhares de reais.

Um fato curioso que também ganha destaque, conforme o processo diz respeito ao nome original do animal. Registrado inicialmente como ‘Sixty Six’, traz conotação simbólica ligada ao número do ‘inferno 66’, de acordo com apontamentos culturais.

Por questões de convicção religiosa, o Grupo Haras Monte Sião, que professa a fé evangélica, optou por substituir o nome para ‘Gêneses 66’. Trata-se de uma referência direta ao primeiro livro da Bíblia e aos 66 livros que compõem as ‘Escrituras Sagradas’.

A mudança, conforme os empresários, está embasada por fundamentos de fé e espiritualidade. Convicções que serão também objeto de análise jurídica no julgamento, envolvendo temas como liberdade religiosa e identidade patrimonial simbólica.

EXPECTATIVA NACIONAL

O julgamento, previsto para ocorrer ainda neste semestre, atrai atenção de criadores, juristas e investidores de todo o país. A presença de Acyr Neves na tribuna é aguardada com expectativa, dada a trajetória dele como defensor de grandes causas institucionais e empresariais, inclusive no setor fundiário e agropecuário.

A sessão, que será transmitida ao vivo pelo canal oficial do TJPR, deve estabelecer diretrizes sobre a regulação jurídica de importações de animais de elite. Assim como a validade de contratos internacionais firmados entre particulares sob diferentes legislações.

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