As entidades sindicalistas estão se organizando para manter a pressão pelo afastamento dos vereadores envolvidos no escândalo na Câmara de Guarapuava. Para hoje, eles estão buscando uma maior mobilização de pessoas, mas, segundo sindicalista, o horário da reunião prejudica participação popular.
A transferência de responsabilidade do Legislativo para o Judiciário, realizada pelos vereadores guarapuavanos durante a sessão de ontem, causou indignação e frustração nas entidades organizadas do município. De acordo com a sindicalista Cristiane Wainer, do SISPPMUG, o resultado frustrou mas não desanimou a população. “Vamos continuar a pressão pelo afastamento dos seis vereadores envolvidos. Isso é necessário para que haja maior transparência na investigação. Vamos estar novamente na Câmara pressionando e protestando contra o escândalo em que o Legislativo foi envolvido. Os envolvidos têm que ser afastados até que as irregularidades sejam completamente investigadas e os fatos apurados”, enfatiza.
Ainda com relação à sessão de ontem (31), Cristiane destacou que o resultado já era esperado. “Sabíamos que era utópico esperar que os vereadores aprovassem o afastamento. Mas a sociedade organizada e a população de Guarapuava exigem uma resposta dos vereadores e a melhor resposta é o afastamento dos envolvidos no escândalo”, conclui a sindicalista.
Também o Sindicato dos Bancários está intensificando as ações para mobilizar maior número de pessoas para a sessão de hoje. De acordo com o presidente da entidade, Eloi Myshka, o maior problema em mobilizar as pessoas é o horário da sessão. “Às 17h00 a grande maioria dos bancários e até mesmo dos trabalhadores do município ainda estão em atividade. Os vereadores estão agilizando a reunião para ser encerrada às 18h00 e ai não dá tempo de as pessoas chegarem até a Câmara. Mas vamos manter a pressão hoje”, destaca.
O Sindicato dos Bancários também defende o afastamento dos seis vereadores envolvidos mas, principalmente, do presidente da Câmara, Admir Strechar (PMDB), preso em flagrante pelo Gaeco enquanto “rachava” salário com um assessor. “É inadmissível alguém preso nessa situação permanecer no cargo. Todos têm que ser investigados e, se comprovado o envolvimento, punidos no rigor da lei”, conclui Eloi.