Curi propõe lei que motiva a doação de órgãos no Paraná

Uma iniciativa de valor humano e social avança no Paraná, aguardando apenas a sanção governamental para se tornar lei. O projeto, que concede 50% de desconto em eventos culturais para aqueles que manifestarem a intenção de doar órgãos, representa uma estratégia inovadora e sensível para enfrentar um dos maiores desafios da saúde pública: a longa fila de espera por transplantes.

A proposta, aprovada na Assembleia Legislativa do Paraná, vai muito além de um simples benefício. Ela estabelece uma poderosa conexão entre o acesso à cultura e o ato de salvar vidas. Reconhece também e incentiva a generosidade dos cidadãos. Ao vincular a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO) a um benefício tangível, a iniciativa não apenas estimula a declaração formal da vontade de doar. Ela também promove um diálogo essencial sobre a importância desse gesto altruísta.

DADOS ALARMANTES

A urgência da medida é traduzida em números alarmantes. De acordo com estatísticas, somente no Paraná, mais de 4.600 pessoas aguardam por um transplante. Trata-se de uma espera que, para muitos, é uma corrida contra o tempo. Em âmbito nacional, o cenário é ainda mais dramático. Conforme dados do ministério da Saúde, dezenas de milhares de brasileiros, incluindo cerca de 37 mil pessoas que precisam de um rim e 25 mil de uma córnea, dependendo de uma doação para recuperar a qualidade de vida ou, em muitos casos, para sobreviver.

Portanto, no Paraná a iniciativa dos deputados Mabel Canto e Alexandre Curi é de uma importância fundamental. Ela tem o potencial de aumentar significativamente o número de doadores efetivos no estado, oferecendo esperança a milhares de pacientes e famílias. Mais do que isso, a lei posiciona o Paraná na vanguarda das políticas de incentivo à doação, utilizando a cultura como uma ferramenta de conscientização e mobilização social. É um investimento na vida, que celebra a solidariedade e pode transformar a realidade de quem hoje vive na incerteza da espera.

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