22/08/2023
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Serra da Esperança soma 359 acidentes em 5 anos, alerta Cristina

Tragédia na BR-277 nessa segunda (1º) reacende cobrança por duplicação. "Vidas continuam sendo perdidas", afirma deputada

Chovia bastante no momento do acidente, segundo a PRF (Foto: Corpo de Bombeiros)

A deputada estadual Cristina Silvestri (PP) voltou a acender o alerta sobre a situação crítica da Serra da Esperança, na BR-277. Ela se pauta após um grave acidente registrado nessa segunda (1º), entre Guarapuava e Prudentópolis. A colisão envolveu quatro caminhões, uma van e um carro. O saldo mostra a morte de uma mulher e total interdição do trecho, conforme informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A deputada, que há anos cobra a duplicação da área, classificou o episódio como mais uma tragédia anunciada e ressaltou que a demora em iniciar as obras custa vidas.

É um trecho onde vidas continuam sendo perdidas enquanto aguardamos decisões que já deveriam ter sido tomadas.

De acordo com a parlamentar, os números levantados pelo gabinete da deputada revelam a gravidade da situação. Entre 6 de novembro de 2020 e 6 de novembro de 2025, ocorreram 359 acidentes no segmento entre o Viaduto de Guarapuava e o Trevo do Relógio. Nesse período, 45 pessoas morreram e 403 ficaram feridas. Uma estatística que traduz um acidente a cada cinco dias, uma pessoa ferida a cada quatro dias e uma morte a cada 40 dias.

Deputada Cristina Silvestri (Foto: gabinete parlamentar)

Além das consequências humanas, Cristina destaca os impactos econômicos decorrentes das interdições frequentes na rodovia. A estimativa mais conservadora, conforme a deputada, aponta prejuízo acumulado de até R$ 79 milhões em três meses. Esse cálculo leva em consideração paralisações médias de 1h30 por caminhão. Mantido o ritmo atual, o impacto pode chegar a R$ 207 milhões em nove meses.

AUDIÊNCIA REFORÇA PRESSÃO PELA OBRA

Na quarta (27), a deputada liderou uma audiência pública em Guarapuava para discutir a antecipação da duplicação. O encontro reuniu sindicatos rurais, cooperativas, entidades empresariais e representantes da segurança pública.

Ao final do debate, os participantes assinaram um documento com três reivindicações centrais: Autorização imediata para que a concessionária EPR antecipe o início da duplicação, com prioridade máxima para a Serra da Esperança; Atualização do cronograma contratual, contendo prazos objetivos e mecanismos de acompanhamento social e institucional. E a inclusão formal de dados da PRF, dos estudos de risco da UFSC, das informações da concessão anterior e das sugestões das entidades presentes.

O documento, conforme o trâmite, seguirá agora para assinatura de outras instituições e transportadoras que dependem da rodovia. Depois, segue à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília.

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Cristina Esteche

Jornalista

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