22/08/2023
Em Alta Paraná Política

Para o Governo denúncia contra a Sanepar é “pauta velha”

Chioratto e Requião Filho pedem "atuação imediata" da Casa Civil, do Ministério Público Federal, do Tribunal de Contas e da Agepar

O concurso bateu recorde histórico na Sanepar, com mais de 56 mil candidatos inscritos. Um aumento de 48,6% em relação à edição anterior

A próxima etapa será a homologação do concurso, prevista para o dia 7 de abril (Foto: Sanepar)

Uma denúncia com áudios vazados envolvendo ex-funcionários comissionados da Sanepar ganhou repercussão nacional. O fato levanta suspeitas sobre um suposto esquema de arrecadação ilegal para quitar  dívidas da campanha do governador Ratinho Jr. Apesar do conteúdo, o governo do Paraná afirma que os áudios são de 2021. E que o Ministério Público Estadual já investigou o caso, com colaboração da estatal, conforme nota da Sanepar. “Os envolvidos foram demitidos por justa causa e respondem a processos conduzidos pelo Judiciário”.

A nova movimentação em torno do caso parte de deputados da oposição. Requião Filho (PDT) e Arilson Chiorato (PT) protocolaram nesta semana ofícios para acionar a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Polícia Federal. De acordo com a movimentação, ambos pedem investigação sobre possíveis crimes como concussão, peculato, corrupção passiva e Caixa 2 eleitoral.

Os áudios divulgados pelo Diário de Maringá, com repercussão da Folha de São Paulo, nesta sexta (26) mostram conversas entre Rafael Malaguido, ex-gerente da Sanepar, e Jaime Antônio de Camargo Ferreira. Este, ex-assessor de Guto Silva. Os diálogos, conforme a denúncia, sugerem uma arrecadação forçada entre funcionários comissionados da estatal para cobrir uma suposta dívida de R$ 4 milhões da campanha de Ratinho Jr.

Em um dos trechos, de acordo com áudios, Malaguido afirma: “Teu chefe sou eu, o Rafael, e é o Guto (…) nem o Claudio Stabile é teu chefe”. Stabile presidiu a Sanepar de 2019 a 2024 e hoje está à frente da Agência de Fomento do Paraná.

“PAUTA VELHA”

A Sanepar reiterou que os fatos são antigos, que houve colaboração com o Ministério Público desde o início e que houve o desligamento dos envolvidos. O governo Ratinho Jr. tratou a denúncia como uma “pauta velha, sem fato novo, ressuscitada pelo PT do Paraná”.

Apesar da alegação de que se trata de um caso encerrado, os parlamentares dizem que os fatos são graves. Eles pedem “atuação imediata” da Casa Civil, do Ministério Público Federal, do Tribunal de Contas e da Agepar.

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Cristina Esteche

Jornalista

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