Muitos exageram nas festividades de Réveillon e não abrem mão de um elemento conhecido e ainda muito polêmico: os fogos de artifício. Comumente utilizados não apenas na passagem para o novo ano, mas também em comemorações de títulos de futebol e festas juninas, os riscos que o uso irresponsável do objeto pode ocasionar não é novidade. Não à toa, sobretudo nesta época do ano, os casos de queimaduras crescem no Brasil.
Ainda que a intenção dos indivíduos que soltam os fogos não seja ferir alguém, a perigosa brincadeira pode gerar queimaduras de 1º, 2º e até 3º grau. Em casos mais graves como as lesões profundas de 2º e 3º grau, é necessário recorrer ao procedimento cirúrgico da vítima, visto que a região da pele danificada deve ser reconstituída por meio do enxerto, procedimento que consiste em retirar uma camada fina de pele da coxa ou braço, por exemplo, e transplantá-la na área lesionada.
Os jovens e adultos são as maiores vítimas dos fogos de artifício. Portanto, no momento da queimadura, é crucial o atendimento profissional imediato. Segundo o cirurgião, se não tratada rapidamente e da maneira correta, a queimadura de 3º grau tende a evoluir para um quadro de deformidade e, em alguns casos, o paciente ainda perde a movimentação da parte do corpo sofrida pela queimadura.
Cuidados especiais
As opções de tratamento irão variar de acordo com a gravidade da lesão. Por se tratar de ferimentos de 1º grau, ele é superficial e, na maioria dos casos, é indicado o uso de cremes hidratantes e remédios analgésicos para combater a dor. Nas queimaduras de 2º grau, geralmente se formam bolhas, o que requer, além dos cuidados básicos, o uso de curativos. A boa notícia é que no máximo em 15 dias a ferida estará curada. Já nos casos de 3º grau, o queimado passa por uma cirurgia para realizar o enxerto de pele.
No momento da queimadura, “é importante que o indivíduo não aplique nenhuma substância que não seja água fria na lesão, pois o uso de manteiga e creme dental pode piorar ainda mais o ferimento”, adverte o Dr. David Gomez, do Instituto de Medicina da USP, de São Paulo. Portanto, para usufruir de um Réveillon e outras datas festivas sem correr o risco de queimaduras, evite ficar próximo aos fogos de artifício, pois as consequências podem ser inimagináveis.
Imagem ilustrativa.