Com grande incidência em diversos países, o câncer de pele é um mal que anda tirando o sossego de muitas pessoas. A exposição excessiva ao sol em conjunto com a falta de consciência no momento da prevenção resulta em graves problemas à saúde. Somente no Brasil, são registrados cerca de 140 mil casos anualmente e, nos Estados Unidos, as estimativas indicam que uma em cada seis pessoas desenvolverá o quadro de câncer de pele, segundo o Dr. Gustavo Alonso Pereira, dermatologista e membro do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).
Os efeitos nocivos dos raios ultravioleta são, incontestavelmente, a grande causa do câncer de pele e, não à toa, o uso dos protetores solares é tão difundido, sobretudo no período do verão. “É fundamental o uso de um filtro solar específico para cada tipo de pele e ter o bom senso de não ficar exposto ao sol durante muito tempo, utilizar óculos e chapéus para proteger a pele, além de uma consulta anual ao dermatologista”, alerta o especialista.
É de excepcional relevância observar os primeiros sinais da doença, já que é notório entre os especialistas o fato de que quanto mais cedo ocorrer o diagnóstico, mais chances há de dar fim ao câncer. No caso da pele, é necessário acompanhar e caso surjam “feridas que não cicatrizam ou pintas (sinais) que sofrem alterações de cor ou tamanho” é motivo de atenção, afirma o dermatologista.
Nestas situações, procurar um especialista mediante quaisquer sintomas é uma medida vital para o diagnóstico precoce, realizado, na maioria das vezes, por um dermatologista ou um cirurgião plástico. Tanto o diagnóstico quanto o tratamento dependerão do tipo e do tamanho do câncer. No caso dos de pele, todos são curáveis se tratados em seus estágios iniciais.
Existem vários tipos de câncer de pele, sendo os três mais comuns: o carcinoma basal do carcinoma basocelular (CBC), o carcinoma espinocelular (CEC) e o melanoma maligno. Os dois primeiros, mais frequentes, podem ser tratados de forma rápida mediante o diagnóstico precoce, mas, em todos os casos, o procedimento mais utilizado é o cirúrgico.
O melanoma maligno se apresenta como o câncer de pele mais grave, correspondendo a 5% das pessoas diagnosticadas com a doença. Segundo estudos feitos pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), este tipo pode ser observado usando como critério a assimetria, pois tendem a ser assimétricos; as bordas, por apresentarem bordas irregulares; as cores, sendo muito escuros, pretos, ou com múltiplas cores; ou ainda pelo diâmetro, pois toda lesão maior que 6mm ou que tenha crescimento rápido deve ser avaliada.
Para evitar o aumento do número dos casos da doença, o Dr. Gustavo Alonso faz um importante alerta: “Pessoas de pele e olhos claros ou com antecedentes da doença na família devem ficar atentas, pois estão no grupo de risco para o desenvolvimento do câncer”. Assim, minimizar a exposição ao sol entre 10 e 16 horas, usar protetor solar, óculos de sol e chapéus, seguem sendo as principais formas de evitar o câncer de pele