22/08/2023


Geral

Ugam chama população para debater o transporte urbano

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A União das Associações de Moradores de Guarapuava (UGAM) convocou uma reunião geral entre as entidades associadas e outras lideranças comunitárias para debater o transporte coletivo. O encontro acontece nesta quinta-feira (09), data em que o Brasil inteiro registra o Dia Nacional do Aumento do Transporte Coletiva. Em Guarapuava, será na sala do Sindicato dos Contabilistas de Guarapuava (Sincopuava), na Avenida Manoel Ribas, 1.044, próximo ao Parque de Exposições Lacerda Werneck, às 19h30.

O presidente da UGAM, Jacir Queirós, adiantou que a reunião não é apenas para marcar o dia do movimento nacional. Além de protestar contra o recente aumento, autorizado pelo prefeito Fernando Ribas Carli, que elevou a tarifa a R$ 2,50, o objetivo é estabelecer um calendário para discutir o sistema como um todo. “Guarapuava está entre as tarifas mais caras do Brasil e a qualidade do serviço é questionável”, resume Queirós.

Tarifa de Guarapuava é igual a de Curitiba, Rio e Salvador

Num comparativo de tarifas divulgado pela UGAM, o preço da passagem de Guarapuava é o mesmo praticado em Curitiba e pouco abaixo do de São Paulo (lá é R$ 3,00), a maior capital da América Latina. Segundo Jacir Queirós, as “lotações” em Guarapuava não percorrem a mesma quilometragem que Curitiba, cidade-sede dos “Ligeirinhos”. Em Curitiba, salienta o dirigente, “a tarifa aos domingos é de R$ 1,00, tem os ‘madrugueiros’ e integração com a Região Metropolitana”, condições que, a seu ver, tornam “inexplicável” a tarifa de Guarapuava.

O preço dos ônibus urbanos em Guarapuava é o mesmo que o do Rio de Janeiro e Salvador, duas outras capitais de grande porte.

A principal questão levantada pela União das Associações de Moradores é que o transporte urbano é uma concessão pública – coordenada e sistematizada pela Prefeitura Municipal – e nunca foi devidamente analisada pela população. A UGAM pretende convocar a Câmara Municipal a se pronunciar sobre o tema e ouvir os próprios usuários para formatar uma proposta alternativa ao modelo vigente até agora.

“Não queremos medidas de última hora. A população nunca foi consultada, mas agora vai se pronunciar, por vontade própria, pois é ela quem mantém o sistema e paga o alto preço do serviço” – avisou Jacir Queirós.

Cristina Esteche

Jornalista

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