Pinhão – A comerciante Veni Terezinha Alves Teixeira, vende roupas calçados e uma variedade de produtos usados. Ela considera o bazar um entretenimento. Eu preciso e quero que vá em frente, mas para a saúde é bom, afirma. Os artigos de melhor qualidade são os que têm maior procura e são vendidos rapidamente. Tem até dono de loja que vem aqui pegar, diz.
Seus clientes, na maioria, são do interior. Os idosos também buscam seus produtos. Fiado só para clientes antigos e alguns aposentados, aí vende no caderno. As datas especiais como dia das mães, namorados, ao contrário do restante do comércio, não costuma aquecer as vendas. Melhoram as vendas quando as pessoas recebem e no inverno também, afirma Veni. Uma blusa básica de lã custa R$ 10 e casacos de lã oscilam entre R$ 50 e R$ 80, depende do estado de conservação.
Além de roupas, calçados, roupas de cama, banho, acolchoados, vende acessórios como bolsas, sombrinhas e panelas. Na loja ela tem uma máquina onde faz pequenos ajustes necessários como troca de zíper, barras e costuras rápidas. As roupas ela compra em Guarapuava e, às vezes, também traz alguns produtos novos.
Há um ano atendendo em uma loja na avenida Trifon Hanyzcs, a comerciante Veni demonstra preocupação com o fraco movimento do comércio de usados. Ela acompanha o desempenho dos concorrentes e observa que dois estabelecimentos já fecharam suas portas. Mas não dá para dizer que é culpa da crise. Há quatro anos, ela mesma acabou fechando seu bazar por motivos particulares, ainda assim, avalia que o movimento era melhor, mais intenso.
Outra comerciante de bazar de roupas usadas, Elizer Terezinha da Silva afirma que o mês de janeiro foi bastante fraco. Ela abriu o bazar, também na avenida, em outubro de 2008, mas está satisfeita. A procura pelo pessoal do interior é grande, as pessoas dizem que o lugar é mais barato, afirma. De fato, com R$ 0,50 é possível comprar algumas peças de roupas para adultos e crianças com maior variedade. Uma calça jeans em bom estado pode ser encontrada por R$ 15 e as peças mais caras não ultrapassam R$ 20. Elizer só vende à vista e recebe as roupas de Guarapuava, São Paulo e Santa Catarina.
Os homens procuram roupas para trabalhar, mas os clientes são variados e freqüentam a loja nos períodos de recebimento de salários. A comerciante está otimista e adianta que o local será reformado. Vamos arrumar a loja, por uma vitrine e também oferecer produtos novos, adianta.
Móveis
Márcio Ferreira de Oliveira trabalha com o cunhado que é proprietário de uma loja de móveis usados em Pinhão. Ela ressalta que do dia primeiro ao dia 15, o movimento é satisfatório. E, na segunda metade do ano o comércio de móveis usados fica mais movimentado. Márcio destaca que muitos clientes são do interior. A maioria dos produtos é adquirida pela loja que faz suas compras de uma loja de Guarapuava. Eles fazem um preço mais baixo, o que compensa, informa. Quando são procurados pela população, primeiro fazem uma avaliação do móvel e depois a oferta de compra, poucos são recebidos em consignação. Junto aos usados estão alguns móveis novos.
Os consumidores também podem encontrar eletrodomésticos e colchões. Em média, os preços ficam 50% abaixo de um móvel novo, e o cliente sempre tem a chance de negociar. Márcio acredita que o ramo de móveis usados é um bom negócio.
Fonte:Fatos do Iguaçu