Em encontro do PP, empresários mostram a falta de infraestrutura em Guarapuava

Na presença de um público composto por lideranças empresariais e políticos, secretários municipais, membros da Assessoria de Comunicação da Prefeitura e outros convidados, o Diretório Municipal do PP (Partido Progressista) de Guarapuava foi anfitrião na noite desta segunda-feira, dia 12, de um encontro que teve como convidado principal o secretário estadual da Indústria e Comércio, Ricardo Barros.
Na mesa das autoridades, além de Barros, sentaram o presidente do PP em Guarapuava, o advogado Fábio Martins Ribas, o prefeito Fernando Ribas Carli, o vice-prefeito Jorge Massaro ( que chegou com atraso), além de Daniela Faria (PP Mulher) e Alisson. (PP Jovem).

Mesmo ainda exercendo a função no primeiro escalão do Governo Beto Richa, Barros está colhendo subsídios para um plano de gestão que vai nortear o PP nas eleições municipais de 2012. A pauta da reunião no Grand Hotel foi o desenvolvimento do município. O secretário, que deve deixar o governo nos próximos dias, será o coordenador da campanha eleitoral do PP no Estado. A idéia do partido é ampliar o número de prefeituras sob o comando pepista, saltando das atuais 40 para 60. Guarapuava é uma das prioridades no Estado.

O encontro que aconteceu no Grand Hotel serviu para que lideranças empresariais colocassem em evidência, mais uma vez, as angústias que envolvem o setor em Guarapuava. O coordenador regional da FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), Julio Agner levantou três aspectos fundamentais que emperram o desenvolvimento em nível nacional: baixo nível de poupança externa, sistema tributário perverso e deficiência de infraestrutura. No Paraná, Agner defendeu a interiorização de investimentos por parte do Governo. Em Guarapuava, o líder empresarial defendeu a construção de rodovias, a duplicação da BR 277, a vinda de um gasoduto. “Precisamos de uma logística por parte do Governo que pode criar manobras para beneficiar o interior,” afirmou.

O vice-reitor da Unicentro, Osmar Ambrósio de Souza lembrou que a Universidade nos últimos cincos anos apostou na verticalização com a formação de mestres e doutores e é, portanto, um instrumento importante na formação de mão-de-obra qualificada. Osmar colocou a instituição à disposição do projeto proposto. “A Unicentro é parceira nesse projeto de desenvolvimento,” assegurou.

O empresário Celio Cunha defendeu o investimento do município nos “aglomerados industriais. Segundo Cunha, Guarapuava não possui distritos industriais, mas sim , aglomerados. “O s que temos não possuem estrutura para serem distritos,” observou. O que Celio sugeriu foi a construção de barracões que sediarão atividades laborais e de qualificação profissional para os trabalhadores e sua família, numa parceria entre o Sesi (serviço Nacional da Indústria), empresários e o município. “Os empresários bancam, mas precisamos que a Prefeitura faça a estrutura,” afirmou.

José Arthur Hilgemberger Filho defendeu a implantação de uma indústria de partículas de madeira. “Não sei o que acontece com Ponta Grossa que as empresas só vão para lá. Não sei o que acontece com o nosso povo, com Guarapuava, que as empresas não vem para cá. Temos a matéria-prima, mas não temos indústrias”, afirmou referindo-se ao setor florestal.
Já o ex-prefeito Nival do Kruger destacou a importância do encontro. “Isso é democracia”, afirmou.