22/08/2023
Esportes

Perdendo por 4 x 0, em reação histórica, Guarapuava empata em Ponta Grossa

O ginásio Oscar Pereira, na cidade de Ponta Grossa, não recebia uma partida da Chave Ouro desde 2008. A torcida do Ponta Grossa Futsal compareceu em peso e o que parecia que iria terminar com uma grande goleada da equipe da casa se transformou em uma das maiores reações já vistas da equipe de Guarapuava, que buscou um heróico empate em 4×4, depois de estar perdendo por 4×0.

Começo ruim

Na escalação do Guarapuava, surpresa – Brigadeiro escalou os pivôs Alex He-Man e Marcelinho juntos na primeira formação. A justificativa do técnico foi que Marcelinho faria a ala, já que Willians e Paraná não puderam treinar durante a semana. A tática, porém, se mostrou ineficaz, com o time de Guarapuava se perdendo na marcação em quadra.

O Ponta Grossa chegou ao primeiro gol com Marquinhos (ex-Marechal), justamente em uma falha de marcação. Na sequência, Marcelinho errou um passe e Emerson saiu na cara do gol para marcar o segundo dos donos da casa: 2×0.

Brigadeiro mexeu na equipe que melhorou em quadra, mas o time estourou o limite de faltas, com o Ponta Grossa tendo uma grande chance de marcar mais um gol em cobrança de tiro livre: Dudu defendeu e evitou mais um gol dos donos da casa.

Mas apesar do esforço do arqueiro do time guarapuavano, o time dos Campos Gerais continuava muito bem no ataque – de cavadinha, Fio mandou na trave e, no rebote, Emerson marcou mais um para os donos da casa, fechando o placar do primeiro tempo em 3×0. Naquela altura, o jogo parecia ser de uma equipe só – o Ponta Grossa dominando a partida, contra um Guarapuava apático em quadra.

Timinho?

No intervalo, o técnico Brigadeiro tentou corrigir os erros de marcação e de passe do time guarapuavano, que voltou mais disposto em quadra. A equipe tentava pressionar o adversário, mas corria perigo nos contra ataques. Neste cenário, quem marcou mais uma vez foi o Ponta Grossa Futsal, com Gleyson.

No entanto, a expulsão do autor do último gol do Ponta Grossa (que levou dois cartões amarelos e, consequentemente, o vermelho) deu novo alento à equipe de Guarapuava, que foi com tudo ao ataque, com um jogador a mais em quadra. Porém, nos dois minutos de punição, o goleiro Bizinho fez a diferença, parando o ataque de Guarapuava.

Na melhor das chances guarapuavanas, com um atleta a mais em quadra, Marcelinho mandou uma bomba na trave – parecia que não era o dia do camisa 9, que até então não tinha marcado um gol sequer pela sua nova equipe.

Para piorar ainda mais a situação, o ala Biro, que tinha entrado como goleiro-linha, levou o segundo cartão amarelo e foi expulso – nada dava certo para o Guarapuava e todos estes acontecimento levaram a torcida ponta-grossense a esboçar o grito de “timinho, timinho…”

Reação Incrível

Apesar da superioridade apresentada no jogo até então, o Ponta Grossa se excedeu o número de faltas no segundo tempo. Quando faltavam 7 minutos para o final, os donos da casa fizeram a sexta infração, dando ao Guarapuava a chance de diminuir o marcador. Com muita personalidade, Marcelinho, um dos mais criticados em quadra até aquele momento, foi para a cobrança e, com muita categoria, diminuiu a vantagem para 4×1.

O gol reacendeu as esperanças do time de Guarapuava, que foi para cima do rival, levando o adversário a cometer erros – foi assim o segundo gol, Marquinhos se atrapalhou e acabou jogando contra o patrimônio. Gol contra que fez 4×2 no placar do Oscar Pereira.

O Guarapuava continuou pressionando, o que levou o Ponta Grossa a cometer mais uma falta – novo tiro livre, mais uma vez cobrado por Marcelinho. O resultado foi o mesmo: mais um gol do camisa 9, incendiando o jogo há pouco mais de dois minutos do final.

Os instantes finais foram de ataque contra defesa – o Guarapuava foi com tudo para cima do rival e nos segundos finais brilhou a estrela do artilheiro: Marcelinho marcou seu terceiro gol no jogo, empatando o jogo em 4×4 quando faltavam apenas 8 segundos para o apito final.

O técnico Brigadeiro ressaltou a força de reação de sua equipe, principalmente pela proporção que o jogo tomou na segunda etapa: “No primeiro tempo erramos muito, foram 24 passes errados. No intervalo conversamos e corrigimos a falhas em conjunto. O goleiro linha funcionou e os tiros livres foram primordiais. Jogo são 40 minutos e é preciso respeitar a equipe que está do outro lado”, afirmou o técnico, se referindo ao clima de “já ganhou” da torcida de Ponta Grossa no segundo tempo.

O empate, com gostinho de vitória, mantêm o Guarapuava entre os líderes. A equipe soma quatro pontos e está em terceiro lugar na classificação geral, dois pontos a menos que Cascavel e Marechal, únicas equipes que venceram dois jogos até o momento.

Próximo adversário

O Guarapuava volta a jogar pela Chave Ouro no próximo sábado, dia 31, em casa contra o Toledo Futsal. A curiosidade é que do lado da equipe visitante estará o técnico Baiano, que dirigiu o time guarapuavano de 2009 a 2011.

Neste jogo, Brigadeiro não poderá contra com o ala Biro, que cumprirá suspensão automática. O ala Neto e o goleiro Wellington, que desfalcaram a equipe contra o Ponta Grossa, são dúvidas.

Informações Clique Esporte

Cristina Esteche

Jornalista

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