A Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro), por meio da Incubadora Tecnológica de Guarapuava (Integ), conseguiu mais um grande avanço na área de pesquisa, alcançou a sua primeira patente internacional. O produto patenteado é denominado “Processo de Geração de Nanocerâmicas para Tratamento de Superfícies Metálicas utilizando Óxidos Metálicos e Moléculas Auto-Organizáveis”.
O professor Paulo Rogério Pinto Rodrigues, responsável pelo projeto, explicou que o produto é um anticorrosivo para ser aplicado em metais, ou seja, impede que o material se corroa com o tempo ou, ainda, que enferruje, em um termo popular. O produto surgiu do intuito de melhorar um produto que já estava no mercado. “Sabíamos os problemas que este produto possuía. Nós tínhamos que fazer um tratamento melhor. Então, inovamos com nanotecnologia e conseguimos um resultado muito melhor do que este outro produto”, explicou.
Foi aproximadamente um ano e meio de pesquisa para se chegar ao produto final. Ao todo oito pessoas participaram, entre pesquisadores, acadêmicos, mestrandos e doutorandos. Além do apoio da própria Unicentro, receberam ajuda da Fiep (Federação das Indústrias do Paraná), Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e Sebrae (Serviço de Apoio Brasileiro à Micro e Pequenas Empresas), bem como do projeto Papi ( Programa de Apoio à Propriedade Intelectual).
O processo de patente iniciou dezembro de 2011. Além do custo, que foi aproximadamente R$ 30 mil, o professor Rogério ressalta que não foi fácil realizar um projeto deste porte, pois o processo era novo para equipe que tinha feito somente patentes nacionais.
A Unicentro conseguiu que seu produto fosse reconhecido nacionalmente e internacionalmente, em vários países da América do Sul, nos Estado Unidos, Inglaterra, Alemanha, Itália, entre outros. Pouquíssimas universidades no Brasil conseguiram esta realização, alguns exemplos são a Unicamp (Universidade de Campinas), UFPR (Universidade Federal do Paraná), USP (Universidade de São Paulo) e UFAL (Universidade Federal de Alagoas).
PATENTE
O processo de patentear um produto é muito importante para quem busca a inovação. É ela quem garante que ninguém mais faça um produto igual ao seu. Para isso você deve primeiro inscrevê-lo no Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), que é responsável apenas pelas patentes no território brasileiro. Se o intuito é ser reconhecido em âmbito internacional, é ao PCT (sigla em inglês para o Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes) que o interessado deve requerer a patente. O processo da Unicentro foi inscrito tanto no Inpi quanto pelo PCT.