“O aumento no número de vereadores na Câmara de Guarapuava para 21 pode acabar gerando um problema administrativo para o Legislativo”. A afirmação é do presidente em exercício da Câmara, João Napoleão, que defende um “meio termo” como sendo o ideal para o porte do Município.
Conforme Napoleão, atualmente o Legislativo tem um custo mensal médio de R$ 625.000,00. “Caso o número de vereadores passe para 21, esse custo passa a ser de R$ 760.000,00, ou seja, de R$ 135.000,00 a mais por mês. Além disso, de imediato, a Câmara teria que investir cerca de R$ 250.000,00 em reformas e ampliações no plenário e nos novos gabinetes no prédio. Anualmente, o custo administrativo da Câmara aumentará em R$ 1,6 milhão e em quatro anos terá sido de R$ 6,4 milhões. Hoje é muito oneroso para o Legislativo elevar para 21 vagas o número de vereadores. Acredito que devemos encontrar um meio termo, que não comprometa tanto o orçamento da Câmara para os próximos anos”, explica o presidente.
João Napoleão diz que sua posição é baseada em fatos administrativos e não políticos. “Para um vereador em atividade se reeleger fica muito mais fácil com 21 vagas. Mas não podemos pensar em reeleição comprometendo o orçamento dos próximos exercícios. Encontrar um meio termo no número de vagas é uma questão administrativa”, enfatiza.
Com relação à Audiência Pública marcada para a próxima sexta-feira (18), Napoleão diz que a participação popular é importante. “Temos que zelar pelos interesses da comunidade. Estamos oportunizando uma discussão ampla num projeto que é de interesse popular e por isso a opinião do povo é muito importante para a sensibilização de todos os vereadores. Vale destacar que a Audiência Pública não vai decidir o número de vagas, mas pode contribuir para o momento do voto individual de cada vereador na próxima semana”, acrescenta João Napoleão.
Reformas no prédio
O presidente da Câmara disse ainda que o processo de economia no Legislativo continua. “Hoje posso afirmar que a Câmara tem R$ 400.000,00 aplicados. É dinheiro economizado de janeiro até hoje e que dificilmente isso acontecerá se o número de vagas aumentar para 21 no próximo ano. Existem outras prioridades de investimentos no município. Esse dinheiro que a Câmara não utiliza é devolvido aos cofres da Prefeitura no final do ano e ela pode usar em obras de grande alcance social. O momento não é o ideal para aumentar o número de vagas na Câmara, até por todo o processo de reestruturação que estamos vivendo. Estamos organizando o setor administrativo, que requer investimentos. Há 12 anos quando esse prédio foi construído ele era suficiente para 21 vereadores. Hoje não é mais. Temos que investir em reformas na parte hidráulica e elétrica, além da construção de mais banheiros no prédio. Hoje 70 funcionários usam o mesmo banheiro”, explica João Napoleão, que conclui afirmando que “no momento, o Legislativo tem outras prioridades”.