A Chapa 1, única inscrita nas eleições da Unicentro, aproveita os dias que antecedem o pleito para divulgar suas propostas. As eleições acontecerão nesta terça-feira (12).Ainda não há informações do local das urnas. Cerca de 750 professores estão aptos a votar.
De acordo com a Chapa 1, encabeçada pelo professor Denny William, nestes últimos anos as dificuldades salariais pautaram a luta da categoria. “Dificuldades estas parcialmente resolvidas com o aumento real de 31,73% conquistado pela categoria docente após um duro enfrentamento com o governo”, mas a paralisação de 07 de março e a disposição para a greve os professores da Unicentro conseguiram fazer com que o governo contratasse 69 novos docentes.
“Recuperamos as verbas de custeio que haviam sido cortadas. Neste ano de 2012 fomos vitoriosos em fazer a administração da universidade suspender ilegalidades cometidas na aplicação da avaliação do estágio probatório e que durante anos prejudicou os professores da instituição. A licença especial é outro exemplo. Vinha sendo negada pelo impedimento de professores colaboradores assumirem disciplinas”, enumera a chapa situacionista.
A diretoria que assume a próxima gestão tem a a tarefa de discutir as condições de trabalho dos docentes da Universidade, a quinta universidade em tamanho e com dotação orçamentária restrita e proporcionalmente estagnada nos últimos 10 anos. De acordo com os candidatos, é por isso que os professores enfrentam condições desiguais de trabalho quando comparada às demais universidades estaduais paranaenses.
“Dada a carência crônica de técnicos-administrativos, os docentes da Unicentro enfrentam sobrecarga de trabalho administrativo, burocrático e laboratorial. Os departamentos também se debatem com um número reduzido de docentes, que os obriga a desenvolver uma carga horária maior em sala de aula do que os nossos colegas que trabalham na UEL, UEM, Unioeste e UEPG”, observam.
As condições estruturais de departamentos, laboratórios, bibliotecas e de suporte técnico, segundo a Chapa 1, sacrificam os professores frente às exigências cada vez maiores por publicações e participação em editais.
“Pela frente, ainda temos que discutir junto ao governo a mudança na forma de concessão do TIDE. O modelo atual penaliza, por exemplo, o docente que se licencia para tratamento de saúde com o corte de 55% de seus vencimentos. Internamente, o PIAD é uma piada, pois nenhum professor cumpre apenas 40 horas semanais. Também devemos ampliar o debate interno sobre a ascensão de nível que está em discussão,” anunciam.
De acordo com a Chapa 1, os docentes da Unicentro já enfrentam condições de trabalho substancialmente desiguais e mais sacrificantes quando comparadas às demais instituições estaduais e federais. “Impor regras mais duras para a ascensão somente vai penalizar ainda mais nossos professores que já trabalham em dificuldades. Entendemos que o caminho é unir esforços para aumentar as verbas de custeio, mais concursos para docentes e agentes universitários ao invés de adotar mecanismos internos que coloquem um chicote nas costas dos professores. Defendemos que este momento é de unir forças e lutar coletivamente por melhores condições de trabalho e não de fazer cumplicidade com o jogo do governo e nos auto impor regras mais rígidas e exigentes.”
A CHAPA:
Presidente: Prof. Dr. Denny William da Silva – Depto. de Ciencias Biológicas
Vice-Presidente: Prof. Dr. Najeh Maissar Khalil – Depto. de Farmácia
1º Secretario: Prof. Dr. Hélvio Alexandre Mariano – Depto. de História
2º Secretario: Prof. Dr. Mário de Souza Martins – Depto. de História/I
1º Tesoureiro: Prof. Dr. Marcos Aurélio Machado Fernandes – Depto. de Economia
2º Tesoureiro: Prof. Dr. Pierre Alves Costa – Depto. de Geografia