A vontade de agradar as pessoas que o rodeiam, os amigos que o visitam, fez com quem o guarapuavano e engenheiro civil Gerson Fabiano Almeida trocar réguas, esquadros e pranchetas por carnes, legumes, verduras, frutas, e outros ingredientes. Nos momentos de folga, as obras estáticas foram substituídas pelo aconchego da cozinha da sua casa em Curitiba. Tendo como tempero especial a “queda” pela culinária, a dedicação e o amor com que cria e elabora os pratos que serão oferecidos, Gerson conseguiu ser um dos finalistas do concurso Desafio do Chef que está sendo realizado pelo jornal Gazeta do Povo. O concurso teve milhares de receitas inscritas e apenas oito foram selecionadas para a final.
Destinado a pessoas que não são profissionais da cozinha o processo seletivo prioriza receitas da gastronomia paranaense.
Gerson escolheu o Damasplum de Cordeiro (paleta de cordeiro ao molho de ameixa e damasco), cuja suculência da carne e a combinação das frutas na composição do molho foi elogiada pela chef Manu Buffara, uma das mais conceituadas de Curitiba.
“Cozinhar para mim não é apenas experimentar novos temperos, novas receitas e harmonizar novos sabores. Cozinhar se tornou uma coisa mais interessante: relaxar, agradar as pessoas que a gente gosta, harmonizar a vida,”diz Gerson à REDE SUL DE NOTÍCIAS.
Esse é o segundo ano do concurso que o guarapuavano participa. “No ano passado já havia me inscrito mas com outra inscrito mas com outra receita e neste ano minha esposa me avisou da inscrição no último dia e ainda me deu um conselho: faça uma receita diferente, que chame a atenção de todos e que não tenha em restaurantes e assim nasceu o Damasplum de cordeiro”, diz Gerson que é casado com Tereza Cristina Silvestri . A receita ele dá sem qualquer receio de concorrência. “É uma paleta de cordeiro marinada em ervas e vinho e finalizada com geleia de ameixa e damasco. Criei essa receita para o concurso , pois sou grande apreciador da carne de cordeiro e acho que um sabor agridoce é uma combinação perfeita, mas não tinha ideia do gosto que ficaria. Confesso que o povo aqui de casa passou uma semana comendo cordeiro”, conta rindo.
Gerson começou a cozinhar quando deixou Guarapuava em 1998 para estudar em Curitiba. Morou em Ponta Grossa, Porto Alegre e Campo Grande (MS), mas quando casou retornou a capital do Paraná onde mora até hoje. “Moramos aqui em Curitiba, mas as nossas raízes continuam aí, afinal, toda a minha família mora em Guarapuava e a família da Teka também”, diz.
De acordo com Gerson, os maiores incentivadores dos seus dotes culinários sempre foram as famílias, os amigos. ”Mas confesso que após nosso casamento dei uma aperfeiçoada e uma requintada no cardápio graças a Teka”, diz.
O gosto pela culinária começou cedo e tornou-se um hobby quando Gerson passou a reunir em casas os amigos da família. “Sempre gostei de reunir amigos e família em casa, isso desde criança e o prazer e gosto pela cozinha surgiu exatamente dai: reunir as pessoas que a gente gosta para bate um papo, uma reunião informal , e nada melhor que uma boa comida para relaxar, agradar as pessoas que você gosta,”diz.
A curiosidade, a vontade de descobrir novos sabores sempre pautaram o lado gourmet do chef. “Como sempre gostei de inventar novos pratos, misturar sabores, ia em restaurantes e ficava tentando descobrir quais eram os ingredientes dos pratos que gostávamos para copiar e servir em casa. E por incrível que pareça na maioria das vezes os pratos sempre eram elogiados por todos que recebíamos. E assim o gosto pela cozinha aumentou cada vez mais”, afirma.
Com a atenção voltada para a próxima etapa do concurso da GP, Gerson lembra que quando foi chamado para a final da etapa de carnes vermelhas junto com outros cinco “cozinheiros de final de semana” não conteve a alegria. “Como eu já tinha ficado completamente feliz e orgulhoso de mim mesmo só pelo fato de ir cozinhar para um corpo de jurados sendo que quem iria avaliar era uma jurada de renome e umas das melhores chefs de Curitiba (Manu Bufara) já era uma vitória. E hoje quando vi no site da Gazeta do Povo que estava entre os oito finalistas de todo o processo então fiquei sem palavras”, expôs.
Questionado sobre o que está sendo preparado para a próxima etapa e o que o jurado pode esperar Gerson disse que “pudesse fazer alguma coisa de diferente hoje minha vontade era de agradecer todo mundo que sempre elogia os pratos que faço quando recebo em casa. Querendo ou não um elogio é o maior incentivo para que cada vez mais você queira inventar, inovar e agradar. O que os jurados podem esperar no final é a mesma dedicação, mesmo empenho e mesmo carinho que tenho quando cada vez que faço um prato, sempre esperando que fique melhor que a última vez e pior que a próxima”, diz.
Com foto da Gazeta do Povo