22/08/2023
Segurança

Gestão inteligente resulta na resolução de crimes

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Dezoito meses após o choque de gestão pelo qual passou a atuação da 14ª Subdivisão Policial (SDP) de Guarapuava já apresenta resultados expressivos para a segurança de uma população de cerca de 230 mil habitantes dos cinco municípios abrangidos pela subdivisão. De acordo com levantamento da própria 14ª SDP, a descentralização dos trabalhos e o esforço conjunto das forças de segurança permitiu que o percentual de casos de homicídios dolosos com a autoria identificada se aproximasse dos 100%.

Em média, a delegacia instaura cerca de 1.200 inquéritos policiais por ano. Contudo, o delegado-titular da 14ª SDP, Ítalo Biancardi Neto, ressalta que todos os procedimentos estão “em dia”, já que dos cerca de 600 inquéritos em andamentos a maioria está na dependência das conclusões de laudos e deliberações judiciais.

Para Biancardi Neto, uma série de medidas que foram implementadas na subdivisão a partir de janeiro de 2011 possibilitaram que a Polícia Civil melhorasse os serviços prestados à população e, consequentemente, otimizasse o percentual de inquéritos concluídos. As medidas atendem as recomendações do delegado-geral, Marcus Vinícius Michelotto, e do delegado-chefe da Divisão Policial do Interior, Julio Reis.

Uma das medidas, segundo Biancardi Neto, foi a descentralização da atuação da subdivisão. Atualmente, a unidade conta com Seção de Narcóticos e Homicídios, Seção de Inteligência, Grupo de Diligências Especiais (GDE) e Seção de Furtos e Roubos. “Essa descentralização das ações nos deu maior agilidade, celeridade e mais dinamismo ao nosso trabalho. Isso ajudou a reduzir o volume de inquéritos, concluir procedimentos e, desse modo, detectar de uma forma mais eficaz os crimes na região com uma investigação mais intensa”, afirma o delegado.

A Seção de Inteligência, que visa dar estrutura e condições mais aprazíveis de trabalho para os policiais, segundo o delegado, tem sido fundamental para dar segmento para a conclusão dos inquéritos. “Com uma estrutura confortável e com dedicação quase que exclusiva para a investigação dos crimes permite que esse trabalho seja mais eficaz”, afirma.

Além de ressaltar o comprometimento dos policiais, o delegado-titular da 14ª SDP também chama a atenção para a atuação dos delegados, que “hoje colocam a mão na massa e dão suporte aos policiais da base”. Para o delegado-adjunto da 14ª SDP, Alisson Henrique de Souza, mesmo trabalhando com poucos recursos, os policiais têm orgulho em dizer que o trabalho está em dia. “No ano passado tivemos mais de 80% dos inquéritos concluídos e nesse ano estamos caminhando para um percentual ainda maior”, afirma Souza.

 

ATENDIMENTO DE QUALIDADE 

Outra medida que tem refletido no desempenho dos policiais da 14ª Subdivisão Policial, segundo o delegado Ítalo Biancardi Neto, é a atenção voltada para o atendimento à população. Para dar conta da demanda, com média superior a 2,5 mil atendimentos por mês, foi implantado um sistema de triagem, que passou a direcionar os cidadãos para cada setor em específico. “Além de diminuir o tempo em que as pessoas levam para ser atendidas, isso também evita que mal intencionados compareçam à delegacia apenas para espionar. Assim evitamos investidas de criminosos ou motins no setor de carceragem”, afirma Biancardi Neto.

CARCERAGEM

Ao contrário do que acontecia há dois anos, quando as fugas e os motins no setor de carceragem temporária (Secat) da 14ª Subdivisão Policial de Guarapuava, hoje essas eventualidades são praticamente nulas. Isso, segundo o delegado-titular da subdivisão, foi possível graças a uma série de práticas adotadas, como o tratamento adequado ao custodiado, pautado pelo que prevê a Lei de Execuções Penais, no que se refere aos direitos humanos.

Mesmo com cerca de 300 detentos em um espaço limitado, Biancardi Neto ressalta que a orientação é procurar atender o custodiado de uma forma digna, porém cobrando dele uma resposta. “Atendimento pontuado nos direitos humanos que também implica nos deveres e essa cobrança tem surtido efeito. Antes as fugas eram corriqueiras e aconteciam quase que quinzenalmente. Hoje reduzimos isso a quase zero”, comemora.

Cristina Esteche

Jornalista

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