22/08/2023
Política

Adesão à paralisação superou expectativas, avalia Adunicentro

A adesão à paralisação dos professores da Unicentro nesta quinta-feira (16) está além das expectativas. A avaliação é do presidente da Adunicentro, Denny William.  No Cedeteg, às 08 horas da manhã havia um professor do Departamento de Matemática ministrando aula para quatro estudantes. No Campus Santa Cruz apenas quatro turmas esvaziadas estavam tendo aulas. Uma assembleia acontecerá às 14 horas de hoje no Cedeteg para decidir a continuidade do movimento.

"Apesar da enxurrada de contra informações e toda sorte de tentativas de desmobilizar a paralisação (até mesmo com a liberação de  R$ 6 milhões para a Universidade) os docentes não se deixaram enganar e aderiram  ao movimento com determinação", afirmou Denny.

De acordo com o sindicalista, a quadro atual é bastante complexo e é fundamental que a categoria se mantenha atenta.  "Com o envio do projeto de lei à ALEP após os professores das seis universidades decidirem por greve o governo se mexeu. No entanto, não devemos imaginar que a situação está resolvida. Ao enviar o projeto de lei para a Assembleia o Governador Beto Richa transfere a responsabilidade para o legislativo estadual, que é um poder independente. Somado a isto, a mensagem do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de que o Estado estaria impedido de conceder o reajuste dos Docentes das Universidades garante ao Governador a tranquilidade de dizer que agora não cabe mais a ele, pois teria cumprido o acordo, mas que agora o problema é com a ALEP e TCE", alerta. 

Segundo Denny, a diretoria do sindicato já demonstrou mais de uma vez como a Secretaria da Fazenda (SEFA) manobrou os dados do gasto com o funcionalismo público. O TCE, ao acatar o resultado desta manobra emite alerta de que o Estado do Paraná superou o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal e, daí impedido de nos atender. Portanto, fica montado o cenário que não garante o acordo para outubro","diz

Denny William diz que também, na mensagem que o Governador enviou aos deputados estaduais ele não pediu que o Projeto de Lei fosse discutido em regime de urgência. "E isso também preocupa. Quando o Projeto de Lei é discutido em regime de urgência há um prazo de até 30 dias para ser votado e concluído. Se a discussão não se der em regime de urgência o Projeto pode ficar meses sem conclusão".

Cristina Esteche

Jornalista

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