22/08/2023

A Direita Patética

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Por  Carlos Fernando Huf
Em pleno século 21, ainda existem aqueles que simplificam os termos direita e esquerda da seguinte maneira: direita é o capitalismo e a democracia, esquerda é a subversão e o comunismo.
Pior: ainda há os que acreditam piamente na balela do “perigo comunista”, que serviu de mote para amedrontar a classe média brasileira e convencê-la a avalizar o golpe civil-militar de 1964.
Ensina o Aurélio: direita – 4. grupo parlamentar (…) tradicionalmente constituído por elementos pertencentes aos partidos conservadores. 7. regime político de caráter totalitário e capitalista.
Já para o termo esquerda, como ciência política, o Aurélio é menos explícito: 5 – Conjunto de indivíduos ou grupos políticos partidários de uma reforma ou revolução socialista.

A origem mais remota dos dois termos, sabe-se, é da Revolução Francesa, e meramente casual. Grosso modo, os defensores da manutenção dos privilégios a minorias poderosas sentavam-se à direita da mesa diretora das assembléias. Os defensores dos direitos iguais para todos, para a maioria, para os pobres e miseráveis, reuniam-se à esquerda. Apenas isso, e com o tempo o conceito se firmou.

A escravidão da Revolução Industrial fermentou a revolução que levou ao totalitarismo comunista, imediatamente chamado de “socialismo soviético”. Nada mais falso. De socialismo o comunismo soviético nada tinha. Foi apenas uma troca do totalitarismo de direita por um novo totalitarismo, a que chamaram de socialismo comunista. Ou seja, os tzares e meia dúzia de senhores de palácios russos foram substituídos por meia dúzia de chefes da “ditadura do proletariado”, e suas dachas no Mar Negro. A ditadura só mudou de dono, e o proletariado, esse continuou mais proletário do que nunca.

Assim, nesse processo de desvirtuamento do seu verdadeiro sentido, grudou-se no socialismo, na esquerda, o estereótipo do falecido comunismo soviético, que a direita continua explorando. Basta ver o combate feroz e insidioso que a sua mídia desfere diuturnamente contra todos os presidentes sulamericanos eleitos legitimamente pela vontade da maioria dos seus povos. De Hugo Chavez a José Pepe Mujica, são todos “ditadores”. Menos o atual “presidente” do Paraguai, claro, “eleito” por um golpe de Estado do legislativo, prontamente aplaudido pela mesma mídia.
Ou seja, a direita tupiniquim não é apenas conservadora (aquela que quer que tudo fique como está), mas desesperadamente reacionária (aquela que quer que tudo volte ao passado).
o-o-o-o

Bem Brasil
1) Há dias assisti na TV da Assembléia do Paraná um rebento da mais fina flor dos Lupion batendo no peito ao dizer-se de direita, e contando como fez seus cursos de administração pública na Espanha e nos Estados Unidos. Imaginem o conceito de “administração pública” trazido de tais escolas.

2) Para nossa sorte, os três únicos estadistas que tivemos até agora cursaram sua “escola de administração pública” nos fundões do Brasil: São Borja-RS, Diamantina-MG, e Garanhuns-PE.

3) Por aqui, temos uma patética figura que passeia pela internet comentando textos alheios, claramente a serviço da turma do atraso. Numa de suas últimas bobagens, revelou sua origem. Encerrou sua diatribe dizendo que só resta esperar por Aécio Neves.

4) Pois é, continuem sonhando, viúvas da UDN. Apenas um conselho: para retomar o poder, só se as vivandeiras voltarem a rondar os bivaques dos quartéis. É o que resta aos restos da UDN enquistados no PSDB.

Cristina Esteche

Jornalista

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