22/08/2023
Cotidiano

“Somos discriminados. Tem nojo de pesar as crianças”, dizem mães da São Miguel

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Discriminação e preconceito! Estes são os maiores problemas enfrentador por moradores da Vila São Miguel em Guarapuava. Maior do que isso somente o mau atendimento na área da saúde pública e setor que dá origem às maiores reclamações.
“Somos discriminados, até parece que somos aidéticos”, diz dona Maria Iolanda Abreu de Siqueira, enquanto outras mulheres fazem coro à mesma frase.
“Tem nojo até de pesar nossas crianças e qaundo precisamos de médicos não somos atendidos. Eu precisei de pediatra para meu filho de 8 meses não fui atendida, me mandaram de volta aqui por postinho da São Miguel, mas não tinha médico. Me mandaram para a Urgência que me mandaram para o posto do Morro Alto. Andei de lá pra cá e acabei emprestando dinheiro para pagar consulta. Isso é um horror”, reclama Marilene Abreu Siqueira.

A reclamação de discriminação a qual as mulheres se referem é dos posto de Saúde do bairro Santana. “Tem nojo de nós e até alugaram uma casa e fizeram um postinho ali pra nós, mas nunca tem médico e muito menos remédio”, confirma Denise Colaço.
“Fizeram esse asfalto aí. Até que é bom porque acabou com o barro e com o pó, mas nós precisamos muito mais do que isso. Aqui não tem emprego. Eu sou catadora de lixo, junto com mais colegas daqui, mas só dá pra ganhar R$ 200 por mês. Quem sobrevive como isso?” questiona dona Maria Aparecida Carneiro.

“Além do posto precisamos de uma lombada na rua proque os carros passam em alta velocidade e as crianças costumam ficar pela rua”, afirma Carlos Alexandre Evaristo. 

“Precisamos de um posto de saúde que tenha médicos. O prefeito que fizer isso não precisa fazer mais nada aqui na Vila porque as nossas crianças dependem disso. Os grandes se ajeitam, mas criança doente é a pior coisa que existe”, diz dona Palmira Cordeiro Alves, 74 anos.

Cristina Esteche

Jornalista

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