A dificuldade em executar projetos e não captar recursos está sendo a maior dificuldade dos profissionais que atuam na rede de assistência social em Guarapuava.
“Hoje nosso principal problema é executar os recursos, e não captar, temos dificuldades em encontrar com o nosso público”, disse Lucineri Vandresen, assistente social e representante de uma das maiores ONGs assistenciais de Guarapuava e região, a Caritas Socialis. Atendendo mulheres que atuam como chefes de famílias, crianças e jovens com problemas familiares, a entidade hoje atende cerca de 350 pessoas ao total.
Lucineri é uma do público que está reunido desde ontem, segunda-feira (06) para um curso de capacitação cuja palavra de ordem para a rede de assistência municipal atualmente é uma só: reorganização. Para isso, centenas de profissionais entre assistentes sociais municipais, representantes de entidades e ONGs assistenciais, psicólogos, professores e coordenadores da rede municipal e estadual de educação, representantes da saúde, terão um curso de 19 dias. Serão 88 horas de palestras, debates e atividades para conhecer a realidade guarapuavana e todas as alternativas de assistência sociais possíveis dentro do município.
Lucineri afirma que são de grande importância eventos como esse, já que facilita ao profissional compreender melhor o fluxo, a linguagem e o publico que temos em nossa cidade, além de facilitar até mesmo na captação e principalmente na execução de recursos.
Cibele Tozzi Pereira é assistente social do município, e uma das organizadoras do evento. Segundo ela, o curso surge como uma oportunidade de toda a rede se fazer conhecer e também de quebra de alguns paradigmas. “As pessoas devem entender que assistência social não é favor, é um direito. O público não conhece seus direitos e acabam não procurando-nos, por isso da importância de cursos como esse, com o intuito de fortalecer toda a rede e valorizar um trabalho unificado”, afirmou a assistente social.