A reação da sociedade!

A sociedade não é mais a mesma, felizmente. Manifestações que vem acontecendo em várias cidades brasileiras mostram que a passividade está com o fim decretado. Em Guarapuava, cansados de esperar pela justiça que nunca chega, pais de filhos assassinados se unem a amigos e saem às ruas para protestar. O caso mais recente é a morte do jovem assassinado por um policial no Parque do Lago no último final de semana. O policial está solto, enquanto o pais choram a ausência do filho que nunca mais vai voltar. Exemplos de impunidade em Guarapuava são muitos. Só para refrescar a polícia temos o caso do jovem Thiago Esteche Rocha, executado há mais 5 anos sem qualquer resposta. No desespero de que o caso seja arquivado, a mãe investiga, leva nomes, endereços e outras informações à polícia. Tudo em vão. Não é diferente com o pai do jovem que foi morto apedrejado após tentativa de furto na garagem do Hotel Atalaia. Eu sei as incontáveis vezes que esse pai vai até a Rede Sul de Noticias levando nas mãos o panfleto com a foto do filho morto, já apagada pelo tempo. Também investiga sozinho e diz que não vai parar até ter uma solução. O mesmo acontece com a mãe da jovem grávida que foi morta por policial após o companheiro tentar fugir de uma abordagem.

Será que é possivel dimensionar a dor dessas famílias mediante a perda de um ente querido? Uma dor que se agrava perante a impunidade. Mas como disse anteriormente, a sociedade não está mais passiva.

Em Curitiba o aumento no preço dos combustíveis provocou a reação de 60 motoristas que colocaram nariz de palhaço e abasteceram R$ 0,50 em vários postos para se posicionarem. Não vamos longe. A respostas nas urnas nas últimas eleições municipais já são um demonstrativo de como a sociedade vai agir daqui para frente. O que mais tenho ouvido, quer seja no centro de estética, no supermercado, no posto de combustível, onde quer que eu vá é o seguinte: "Se não fizerem o que queremos e o que nos foi prometido, daqui 4 anos mudamos". Parece que o fim da reeleição está decretada para quem não trabalhhar de acordo com os interesses da população.