Curitiba – O governador em exercício Orlando Pessuti viajou nesta segunda-feira (13) para audiência privada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A pedido do governador Roberto Requião, presidente do Codesul, Pessuti irá entregar a Lula duas moções aprovadas na última reunião do conselho que reúne os chefes do Poder Executivo de Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.
No encontro convocado pelo presidente da República, Pessuti também irá tratar da sucessão no Paraná e no Brasil os dois são companheiros de palanque desde as eleições de 2006, quando o governador em exercício participou da campanha pela reeleição de Lula. Pessuti e Lula viajam juntos a Telêmaco Borba, onde participam nesta terça-feira (14) das comemorações pelos 110 anos da Klabin.
Numa das moções, os governadores do Codesul pedem ao presidente para que determine a realização de estudos sobre a dívida pública dos Estados, o congelamento da dívida por pelo menos seis meses e a mudança de indicadores de reajuste para reduzir o comprometimento da receita líquida com o pagamento dos débitos. O texto também reivindica a edição de medida provisória que altere a fórmula de refinanciamento da dívida.
Outra moção propõe a Lula o restabelecimento das alíquotas da Cide, o imposto dos combustíveis, quando houver redução no preço dos derivados de petróleo. As moções já foram enviadas por Requião à presidência da República, mas o governador pediu a Pessuti que reforçasse os pedidos junto a Lula.
No encontro reservado, o presidente também irá receber das mãos de Pessuti uma carta de reivindicações da Associação de Municípios do Paraná (AMP). No documento, os prefeitos paranaenses reivindicam a suspensão da IPI e do imposto de renda, que são base do Fundo de Participação dos Municípios, ou a manutenção dos mesmos valores do FPM repassados em 2008.
A AMP também pede uma reforma tributária ampla, com a partilha das contribuições federais, a suspensão da retenção do FPM para parcelamento de dívidas previdenciárias, a renegociação dos débitos municipais, mudanças no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e ampliação dos recursos federais destinados ao programa Saúde da Família, entre outras reivindicações.
(AEN)