Frota sucateada e dívidas geram prejuízo de R$ 4,1 milhões em Reserva do Iguaçu

A nova administração municipal de Reserva do Iguaçu ainda está tentando identificar a frota municipal e o montante exato da dívida deixada pela administração anterior. De acordo com o prefeito Emerson Julio Ribeiro foi nomeada uma Comissão de Avaliação do Patrimônio Público, que ainda está trabalhando no levantamento da situação no município. “Apenas dois veículos foram entregues em condições de uso. Há veículos e máquinas que ninguém sabe onde está. Vamos responsabilizar judicialmente os responsáveis pelo sucateamento do patrimônio público em Reserva do Iguaçu”, afirmou o prefeito.

Na avaliação de Emerson, o trabalho de levantamento do patrimônio público deve levar 60 dias. “Nós precisamos de cerca de R$ 2,5 milhões para recuperar a frota, que não recebeu a manutenção e conservação adequada. Além disso, há cerca de R$ 1,6 milhão em restos a pagar, sem dinheiro em caixa. Ou seja, essa dívida foi deixada pela administração anterior, e nós teremos que realizar um trabalho de contenção de gastos para equilibrar esse prejuízo”, enfatiza o prefeito.

Além do sucateamento e das dívidas, a administração anterior também deixou obras inacabadas e paralisadas. Como exemplo, o prefeito cita o novo prédio da rodoviária, uma supercreche e a clinica da mulher. “Esta semana, em reunião com o governo do Paraná, nós conseguimos garantir a conclusão da clinica da mulher. A obra está parada há dois anos e nós fomos autorizados a rescindir o contrato antigo e realizar um novo processo licitatório”, acrescentou Emerson.

Outra fator que preocupa a nova administração de Reserva do Iguaçu é o péssimo estado das estradas rurais. “Estamos negociando com o governo do Estado a vinda de uma patrulha do DER, que irá realizar um trabalho emergencial nas nossas estradas. Estamos chegando próximo à safra e teremos problemas de escoamento da produção. Além disso, o transporte escolar também pode ser prejudicado”, explica.

Para regularizar os problemas herdados da administração anterior, Emerson diz que não há formas milagrosas, uma vez que a arrecadação do município gira em torno de R$ 1,3 milhão mensal. “O que podemos fazer é buscar parcerias com os governos do Estado e Federal e realizar uma administração enxuta, trabalhando com um amplo programa de contenção de despesas. Se tudo correr bem, acredito que em seis meses teremos a casa em ordem e poderemos, finalmente, iniciar nossa administração e por em prática o nosso plano de governo. Está sendo um começo difícil, mas a população anseia e necessita por essa mudança nos rumos da administração pública de Reserva do Iguaçu”, conclui o prefeito.